segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Paixão com areia...


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... seria o título de um livro que contaria uma história de amor entre dois adolescentes. História complicada, sofrida, intensa, ardente. Não sei se a escreveu algum dia ou se esqueceu as linhas de orientação traçadas naquele princípio de verão dos anos 80. Tinha tudo para ser um livro de sucesso a par de tantas outras histórias e aventuras que assistíamos na TV, como por exemplo o "Verano Azul" (lembram-se da música ?)
Resumidamente seria isto:
A história decorreria no último período escolar, após as férias da Páscoa, assim que a Primavera começasse a revelar-se. Inseridos em turmas diferentes, Nuno e Sofia apenas tinham amigos comuns mas não se conheciam. Ele sempre a achara muito extrovertida. Ela sempre o achara muito tímido, mas os seus olhos contrariavam o comportamento e miravam-na a toda a hora. Ele não tomava a iniciativa. Ela era popular e não entendia a sua atitude. Saberia mais tarde que ele era de outra religião, que tinha regras rígidas a cumprir. Saberia mais tarde que ele não conseguia lidar com o que sentia e que mal se abria em casa. A situação tomaria um rumo perigoso: Nuno saíra de uma das muitas consultas de psiquiatria que frequentava e num ato de loucura, pegara no carro do pai e despistara-se. Tentava acabar com o sofrimento de não poder por em pratica o amor que sentia. Sofia viria a saber disto tudo muito depois de acontecer, quando perguntara porque ele não ia à escola há uma semana. As amiga protetoras de Nuno afastariam-na com receio do que ele pudesse voltar a fazer. Seria no último dia de escola, numa ida conjunta à praia que Nuno e Sofia trocariam o primeiro de muitos beijos desse único dia que estariam juntos, um dia inesquecível para os dois em que na areia da praia teriam trocado juras de amor sabendo que nunca mais se veriam porque ele iria embora com a família estabelecer-se noutro país.
Suficientemente apaixonante, intenso e trágico, não ?... e daria até para continuar noutro livro, "o reencontro" :) Seriamos uma boa dupla a escrever, quem sabe um dia... ?

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