Apeteces-me por entre as gotas de água que regam a relva, em que descalços brincamos e juntos caímos entre risos sinceros. Apeteces-me na sombra do sobreiro grande que acarinha os amantes esquecidos do tempo. Apeteces-me na praia, de corpos quentes entrando na água de mão dada mergulhando num mundo imenso e desconhecido, sem medo. Apeteces-me lá no alto, mais perto do céu e das nuvens deixando tudo o que é térreo mais longe, sentindo o vento e o toque dos anjos na pele. Apeteces-me na noite, sob as estrelas cadentes e a luz misteriosa e protetora da lua, entre o piar da coruja e os estalidos da madeira. Apeteces-me de manhã, pela alvorada, acordando com um beijo que se prolonga no olhar brilhante que diz tudo sem palavras. Apeteces-me despido de preconceitos, despojado de limites e regras, numa partilha sem reservas.
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