Prolongamos a vida quando fazemos uma criança feliz. É que quando a fazemos sorrir também nós sorrimos. Dar é receber em dobro. É amar, é perder a noção do tempo porque só o momento presente importa. Quase sempre pouco é tudo para uma criança. Com uma intensidade muito própria, muito diferente da de adulto. Que bom libertar a criança que há em mim de vez em quando !
segunda-feira, 31 de agosto de 2015
E de um momento para o outro perde-se a vida. Não somos nada. Nada valemos. Tentamos levar uma vida sem sobressaltos desde pequenos, a ser bem educados, a conseguir bom aproveitamento na escola, a deixar um rasto de luz por onde quer que passemos para que a vida nos sorria e haja flores e sorrisos e esperança ... mas a esperança só se realiza se houver futuro, se para além daquilo que temos hoje houver amanhã. Para morrer basta estar vivo. Pois. A vida pode acabar de muitas maneiras. Mas quando somos os responsáveis pelos nossos atos é uma coisa, quando são os outros a agir e a consequência cair em nós é outra. Afinal o que vale a vida ? Estamos a caminhar para que tipo de mundo ? Onde estão os sentimentos das pessoas ? O que vai na cabeça de quem dispara uma arma e mata 3 pessoas ? NADA justifica.
Que descansem em paz.
Que descansem em paz.
"Já acreditei que se perdoa na medida em que se ama. Agora acredito que se ama na medida que se respeita. E sem respeito não posso amar ninguém. Se o outro não tiver respeito por mim – o que, em última análise, revela ausência de respeito por si mesmo – então não merece o meu respeito. E sem respeito, não há amor."
por Margarida Rebelo Pinto
domingo, 30 de agosto de 2015
Ninguém pode ser feliz com o que não tem. Se não o tem terá de aprender a ser feliz com o que tem. E daí advém a melhor sensação de felicidade. Aproveitar o que se tem e ser feliz com isso. Da mesma forma quem tem uma vida activa, preenchida, com momentos interessantes e criativos, com objectivos traçados e que é feliz com essa vida que leva, dificilmente se interessa pela vida alheia. A inveja é coisa feia. É preguiça. É falta de orientação e tempo a precisar de ocupação. Fazemos as nossas escolhas dentro de um leque que a vida nos oferece. Cada um tem o seu caminho e suas capacidades. É a fé em nós mesmos que nos ajuda a chegar longe. Não mostrar as alegrias à curiosidade alheia é a melhor medida para não causar a infelicidade dessas pessoas. Temos de pensar nos outros e procurar que melhorem pois inveja é doença. Oopss... que mázinha.
sábado, 29 de agosto de 2015
Blue Moon
Apreciar o luar na melhor companhia
e explicar que melhor que a beleza da lua
só mesmo a do sol porque tem luz própria...
sexta-feira, 28 de agosto de 2015
Porque o mimo é bom, sabe bem, todos gostamos e nunca é demais
Porque tem sabor de aconchego, alegria, ternura, segurança
Porque faz bem dar e receber
Porque alimenta doces recordações e nos prepara para o futuro
Porque cria ligações para a vida
Porque o mimo não estraga ninguém nem nos torna demasiado piegas
porque... sim !
Vamos por aí dando mimo, semeando amor ...!
quinta-feira, 27 de agosto de 2015
A falar é que a gente se entende.
Sempre me regi por esta máxima e acreditei que o diálogo dissipa a dúvida e trás a verdade ao de cima.
Mas para que isso ocorra, pressupõe-se que as duas partes dialoguem, o que implica respeito para que cada um fale na sua vez e para que um escute o outro e vice-versa. Cada um deve manifestar-se dentro do contexto e calmamente, conduzir-se a conversa para algo proveitoso como a concordância entre as partes, ou seja um ponto comum de aceitação simultânea.
Falar a verdade, ser verdadeiro e direto, não mandar dizer por ninguém, assumir o que se diz, a quem se diz e nos olhos. Não guardar que faz mal ao fígado. :) Quer se acredite ou não, guardar certas coisas prejudica certos orgãos através da corrente neurológica.
Mas não é a pensar nisso que falo o que penso. É porque fui criada, educada na verdade porque a mentira tem sempre perna curta.
É com alguma dificuldade que me custa calarem-se ao que afirmo. Dizerem-me "sim" para me calarem, é mentirem-me, é humilharem-me, é dizerem-me "não estou para te ouvir".
Se não gosto, não quero, não concordo, não acho bem, não compactuo,... devo sorrir e mostrar-me adepta ? NÃO !!!
Sempre me regi por esta máxima e acreditei que o diálogo dissipa a dúvida e trás a verdade ao de cima.
Mas para que isso ocorra, pressupõe-se que as duas partes dialoguem, o que implica respeito para que cada um fale na sua vez e para que um escute o outro e vice-versa. Cada um deve manifestar-se dentro do contexto e calmamente, conduzir-se a conversa para algo proveitoso como a concordância entre as partes, ou seja um ponto comum de aceitação simultânea.
Falar a verdade, ser verdadeiro e direto, não mandar dizer por ninguém, assumir o que se diz, a quem se diz e nos olhos. Não guardar que faz mal ao fígado. :) Quer se acredite ou não, guardar certas coisas prejudica certos orgãos através da corrente neurológica.
Mas não é a pensar nisso que falo o que penso. É porque fui criada, educada na verdade porque a mentira tem sempre perna curta.
É com alguma dificuldade que me custa calarem-se ao que afirmo. Dizerem-me "sim" para me calarem, é mentirem-me, é humilharem-me, é dizerem-me "não estou para te ouvir".
Se não gosto, não quero, não concordo, não acho bem, não compactuo,... devo sorrir e mostrar-me adepta ? NÃO !!!
quarta-feira, 26 de agosto de 2015
Chegar. Sem pressa. Largar aquela roupa carregada de olhares como quem despe um dia de trabalho que fica para trás. Haver quem nos espere ansioso. Entrar dentro de uma roupa apropriada a correr pelo campo. Falar sabendo que nos escutam e não nos respondem mal. Ter a companhia que basta no momento. Aproveitar. E voltar descontraída para sair de seguida de bicicleta a sentir o vento na cara, como quem chega em primeiro lugar aquelas coordenadas, e passa por tudo sem ter motivo para parar. Depois, na exaustão, deixar que o duche leve tudo de ruim e deixe apenas as coisas boas que nos confortam e dão paz. E assim ficar. Aconchegada no abraço do tempo vivo protegida no meu castelo.
Não me sai da cabeça...
Dei-te quase tudo de Paulo Gonzo
Foste entrando sem pedires
E marcaste os teus sinais
Tatuaste a minha vida
Ferro e fogo e muito mais
Vasculhaste os meus segredos
E eu deixei
Sem reservas nem pudor...
Invadiste os meus sentidos
O que não fiz por amor
E deixaste a minha vida
Meio perdida
Neste beco sem saída..
Dei-te quase tudo
E quase tudo foi demais
Dei-te quase tudo
Leva agora os teus sinais...(2x)
Obrigaste-me a quebrar
Todas as leis
E deixaste-me ao sabor
Na loucura
Dei-te os dedos e os anéis
E o que tinha de melhor...
Dei-te quase tudo
E quase tudo foi demais
Dei-te quase tudo
Leva agora os teus sinais...(3x)
Foste entrando sem pedires
E marcaste os teus sinais
Tatuaste a minha vida
Ferro e fogo e muito mais
Vasculhaste os meus segredos
E eu deixei
Sem reservas nem pudor...
Invadiste os meus sentidos
O que não fiz por amor
E deixaste a minha vida
Meio perdida
Neste beco sem saída..
Dei-te quase tudo
E quase tudo foi demais
Dei-te quase tudo
Leva agora os teus sinais...(2x)
Obrigaste-me a quebrar
Todas as leis
E deixaste-me ao sabor
Na loucura
Dei-te os dedos e os anéis
E o que tinha de melhor...
Dei-te quase tudo
E quase tudo foi demais
Dei-te quase tudo
Leva agora os teus sinais...(3x)
terça-feira, 25 de agosto de 2015
Coisas simples...
E ali estava ele. A sua aparência rude que o faz parecer ser antipático, afinal, esconde um coração sensível, generoso. Soube há algum tempo que dispõe de um extenso terreno onde alberga cães e gatos que necessitam de ajuda, por abandono, por doenças, outros casos de negligência... Se num certo dia já foi à quinta tratar dos seus inquilinos de quatro patas e no caminho de regresso encontra um cão sarnento, por exemplo, leva-o para casa, pois só no dia seguinte voltará à quinta. Sei que por vezes está a esposa preocupada por ele não chegar à hora combinada e lá vem ele com mais um... E trata-os, e recupera-os e os animais reconhecem-no. Há uns tempos atrás enquanto bebia um café na esplanada, vi-o a falar para uma árvore, chamando e assobiando. Segui o seu olhar. Falava para um pombo que o olhava movimentando a cabecita na sua direção, como se já o conhecesse. E creio que o conhece. Ainda hoje no mesmo local, durante meia hora, desmiolou lentamente um pão enquanto lia o jornal, e baixava a mão em concha cheia de migalhas para que um dos dois pombos lhe viesse bicar à mão. Deixava bicar um pouco e largava as restantes migalhas para o chão. Voltava a desmiolar mais um pouco. E a esposa, ali estava na sua frente sem sequer olhar para os pombos. De vez em quando falavam um com o outro. Vi o respeito e aceitação da personalidade do "outro", do seu "par", como fazendo parte dos dois enquanto casal. A humildade de um, não atrapalha a individualidade do outro - contribui para formar o casal. Um casal de avós com mais de 75 anos cada. As coisas simples unem as pessoas.
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
Não sei se foi um jogo
gostei do risco
apostei forte
ganhei muito
perdi tudo.
Não sei se foi um sonho
se o sonho eras tu
ou se tu eras o sonho,
se sonhei no sono
já acordei.
Foste vida, felicidade
responsável por sorrisos
acelerar de pulsação
não querendo falar
nomeavas a canção.
Foste verdade na mentira
alegria na tristeza
companhia na solidão
luz nos meus olhos
A boca calada
tantas vezes falou
não querias que soubesse
e só eu entendia
Guardo segredo em mim
em lugar só teu
o que me dizia
Não dá...
gostei do risco
apostei forte
ganhei muito
perdi tudo.
Não sei se foi um sonho
se o sonho eras tu
ou se tu eras o sonho,
se sonhei no sono
já acordei.
Foste vida, felicidade
responsável por sorrisos
acelerar de pulsação
não querendo falar
nomeavas a canção.
Foste verdade na mentira
alegria na tristeza
companhia na solidão
luz nos meus olhos
A boca calada
tantas vezes falou
não querias que soubesse
e só eu entendia
Guardo segredo em mim
em lugar só teu
o que me dizia
Não dá...
sábado, 22 de agosto de 2015
Aprender a errar...
Medo de errar.
É a verdade. a mais pura verdade. E apesar de saber que com o erro se aprende, pois só quem cai pode aprender a levantar-se, o medo de errar está sempre presente. O querer agradar, o desejo encoberto de causar boa impressão no primeiro contato e manter esse nível de exigência ou superá-lo se possível. A busca pela perfeição. Recear a desilusão, a despromoção, ser olhado de outra forma, ver o erro apontado, mais um obstáculo para derrubar, maior é o esforço para limpar o erro.
Porquê ??... Formada para vencer ? Sempre ??...
Conselho: soltar-se mais.
Pois. Aí reside a dificuldade. Um caminho regrado, controlado, com margens definidas, deixa pouco espaço. E embora se derrubem muros e se apaguem esporadicamente algumas margens, o traço está lá e mesmo apagado ficou marcado. Como um comboio que pode descarrilar, mas sabemos que para andar e chegar ao seu destino terá de ser colocado nos carris.
sexta-feira, 21 de agosto de 2015
Ando meio cheia de tudo a par de um vazio permanente que me amarga na boca calada. Quando carregamos um peso maior do que a capacidade de o suportar, sabemos que um dia vai transbordar, numa necessidade urgente de esvaziar. E a coisa acaba por se resolver.
Mas quando a sensação de vazio nos invade as entranhas, instala-se uma insegurança que dificulta a visão clara da vida. É como um esperar não sei o quê sabendo que virá. Domina um sentimento de temor, de incerteza.
O que for será. E sabemos que se há um vazio, é porque já esvaziamos, logo estamos prontos para começar a encher novamente. E se esperamos sabendo que virá, aceitemos o que vier porque vamos aprender algo novo para nos ajudar a enfrentar o dia a dia com ânimo.
Quero acreditar nisso.
quinta-feira, 20 de agosto de 2015
O desenvolvimento de qualquer criança, é um percurso maravilhoso de descoberta em que nem tudo é perfeito. Sou apologista (e praticante) de que desde que nascem devemos adotar uma atitude assente na comunicação constante com a criança. Desta forma estimula-se o desenvolvimento cognitivo, da audição e da fala, do conhecimento de si próprio e do outro, da personalidade. Outro aspeto que acho muito importante, é não minimizar a criança. O ideal é adotar um comportamento de respeito, de igual para igual, atendendo ao escalão etário da criança. Não falar à bebé com ela, por exemplo, pois se o fizermos a criança não terá uma boa dicção da palavra; terá de ouvir a correta pronúncia para se expressar corretamente. Se alguém na rua aborda a criança, deixemos que a própria tome a iniciativa de responder, respeitando a sua individualidade. Paralelamente, a música, o teatro, os jogos, e muitas outras formas de linguagem devem ser estimuladas. Não estou a dizer que devem frequentar aulas nesse sentido. Em casa podemos perfeitamente brincar ao faz de conta com a criança, contanto histórias e representando personagens, ensaiando situações da vida diária que as prepare para o futuro. O desenho também é uma forma de expressão muito importante em que se revela a maneira como a criança vê o mundo à sua volta, exprimindo sobretudo as diversas relações de afetividade que mantém com quem a rodeia. Não há coisa melhor que quando desenham a mãe com uns braços enormes (que belos abraços que a mãe tem que os fazem sentir tão protegidos!). Mesmo os pequenos rabiscos contam (circulares, retos, curtos, compridos, contínuos ou interrompidos, etc), a disposição no papel, a cor, os elementos representados... De igual forma, a música é fundamental e pode mesmo muitas vezes ser (quanto a mim) a forma de excelência de expressar sentimentos que as palavras não conseguem. E "quem canta, seus males espanta" ! Se para tocar um instrumento a maior parte tem de aprender com um professor, para cantarolar não é preciso. Qualquer mãe entoa qualquer som apaziguador, calmante, para sossegar e/ou adormecer a sua cria. E vamos cantando pela vida fora (uns mais que outros). Mas quando uma criança canta, devemos ficar felizes por ela. Não cantou de maneira perfeita ? Irrita um bocadinho ? é uma criança !! por favor não sejam cruéis, não ridicularizem, abandonem esse mau feitio de adulto e aprendam a letra da canção ! Será muito mais fácil aceitar a alegria da criança do que impor um silêncio sem razão só porque sim ! Toda a nossa infância repercute-se na vida adulta e as relações com os adultos nessa altura tão importante das nossas vidas, ficam-nos para sempre. Não reprimam, elogiem.
quarta-feira, 19 de agosto de 2015
Não quero crescer mais...
Subitamente olhei para ambos e levei um abanão invisível daqueles que o coração bate com força enquanto se interrompe a cadência natural da respiração. Parei naqueles segundos e mil pensamentos me passaram pela cabeça. O envelhecimento dos meus pais está a decorrer mais depressa do que o crescimento dos meus filhos. Isto será cronologicamente possível ? Se os mais novos estão a desenvolver-se a um ritmo alucinante ultrapassando escalas de tabelas estudadas para que os meninos as cumpram meticulosamente, sob pena de colocarem algum estudioso em causa (as tabelas que há não servem lá para casa), o ritmo de envelhecimento dos menos novos acelerou-se sem se saber muito bem desde quando. De repente a memória falha e baralha informação sem que os próprios deem muita importância a esse facto. As dores nas articulações e ossos já não aparecem "só" quando há muita humidade no ar, são constantes e incapacitantes. Os assuntos de interesse passaram a ser outros e as conversas de outrora perderam o relevo que tinham. Onde estive todo o tempo ? A envelhecer também como é óbvio... Vida de trabalho, sempre na correria para chegar a todo o lado, apagar todos os focos de incêndio... Cresci a vê-los trabalhar. Agora é a mim que os meus filhos veem trabalhar. Mas antes que eu pare, já os meus pais pararam. E sabemos qual a ordem natural da vida. Se pudesse parava tudo agora. Não quero crescer mais... pode ser ?...
terça-feira, 18 de agosto de 2015
A grande caminhada da Vida X
Alice estava sentada no baloiço suspenso, preso aos sonhos. Baloiçava lentamente entre um e outro sonho quando sentiu a presença daquele ser pequenino de bochechas rosadas. Pingo era uma gota de afeto que aparecia quando a sombra da tristeza invadia os pensamentos, bloqueando a esperança. "Estás à espera de alguém ?"- perguntou. "Estava... mas não vou esperar mais" - respondeu Alice. Saltou do baloiço e pegou em Pingo ao colo. De imediato sentiu o poder do sentimento que trazia em si, que estivera sempre lá no seu peito. O afeto que em si mora, através de si se manifesta, basta que seja reconhecido por quem o recebe para que continue a crescer. Alice sorriu e deu um beijo em Pingo, agradecendo a luz que lhe trouxera. Antes de ir embora Pingo quis dizer umas palavras: "Afeto não demonstrado é afeto desperdiçado. Não te esqueças que o afeto é o açúcar da alma, e uma alma doce e afetuosa vai mais longe na caminhada conquistando pequenas gotas como eu todos os dias".
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