Tenho por vezes a sensação de que
estou neste mundo para trabalhar, para servir os outros., como que tele
comandada. Não há tempo para mim. Aliás, estou a ser injusta. Eu consigo
arranjar tempo para mim, claro que em detrimento do tempo para fazer outras
coisas. Ou seja, quando acaba o tempo que arranjei para mim para disfrutar,
tenho de num curto espaço de tempo que se lhe segue fazer o que estaria já
feito no período tempo do qual tirei um pedaço para mim. Fiz-me entender ?... O
descanso que consegui obter, gasta-se imediatamente.
Todos nós tempos uma missão na
Terra, não sabemos é qual é que está guardada para nós. É estranho pensar nisto…
Eu não penso que “está escrito”. Mas não
estás aqui por acaso, não andamos à deriva, há como que um fio condutor não que
te guia mas que deves guiar-te por ele. Pronto. Já meti os pés pelas mãos outra
vez… Se não me guia porque devo segui-lo ? Vamos por outra via.
Acho que somos pequenas peças de um jogo muito
grande chamado Universo. Quer queiramos quer não, a posição dos astros
influencia o nosso comportamento desde o nosso nascimento. Se até se contam o
nº de luas para avaliar o términus da gestação das fémeas, ou fazem-se
previsões de culturas e colheitas mediante a observação das estações do ano… se
cada elemento deste universo tem a sua função, nós também temos de ter. Somos
os peões que andamos para a frente ou para trás, consoante as regras do jogo.
Essas regras são muitas vezes aldrabadas por quem joga, mas logo vem a
repreensão da Natureza para jogar de acordo com o previsto. Não. O “meu” Mundo
não pode ser tão redutor, tão limitado…
Acho que procuro explicar tudo
quando nem tudo tem explicação.
E que bom que há coisas sem
explicação ! É uma chatice esta coisa da causalidade ! O melhor mesmo é ir
fazendo escolhas, estabelecendo objetivos, cortando metas, e de vez em quando
fugir ao percurso que também faz bem ! Arrisca !
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