Estou farta de mandar, de comandar. As pessoas à minha volta estão tão habituadas a que alguém dê ordens que se encostam. Acham até que eu gosto de mandar. Já fui a "sargenta", mandona, e há quem me veja como "a senhora perfeitinha". Por favor, que se chegue alguém à frente para tomar as rédeas das bestas se não a carruagem um dia vira ! Esta coisa de ser bem comportada toda a vida, obediente, respeitadora... enfim. Às vezes penso que devia ter seguido a vida militar. Era a minha oportunidade de não ter que decidir grande parte do dia. Assim, tenho que programar o meu dia, o de outros, e terminar o dia em beleza pensando em pormenores do dia seguinte. BAH ! Por sorte não sou chefe no campo profissional. Eu acredito até que as pessoas não se apercebam deste sentir. Vêem-me sempre à pressa e com objectivos para cumprir com optimismo para seguir em frente. Só que depois, quando consigo parar (hoje foi a estas belas horas, resistindo ao sono) dispo a armadura de guerra e vem a fragilidade ao de cima. Afinal, aquela durona que está sempre a controlar também cai por terra, de cansaço, quando ninguém está a ver... e relembra os ataques durante o dia, e fala sozinha, e aborrece-se... e recusa a fragilidade desculpando-se com o sono que sente. Espera-se sempre que faça o melhor e bem feito (tem sido sempre assim). Sou humana, também falho. Estou farta de ser o farol de tanta gente. Quebre-se a vigia ! Saia-se do trilho ! Grite-se no alto da montanha ! A realidade da loucura está a um passo da sanidade mental...
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