quarta-feira, 8 de julho de 2015

Se hoje fosse o  meu último dia viva na terra… ficaria tanto por fazer e dizer… estou a pensar em coisas boas, não naquele tipo de coisas do tipo “diria umas verdades a fulano”. Não, nada disso. A vida encarrega-se de ajudar as pessoas a encontrarem a verdade e a repô-la .  As pessoas às vezes nem notam, não têm percepção para distinguir, para identificar os sinais ou a bênção, sei lá. Ficaria muito amor por dar porque nunca damos todo o que temos, felizmente. E muitas palavras por levar sentimentos a quem não os deteta por atitudes. Tanto riso que se esgotaria se não fosse termos de andar dentro de coletes de força de sentimentos e das nossas loucuras saudáveis de correr a beijar quem nos apetece só porque sim ! e de entrar pelo mar adentro todo nu de mão dada com aquela pessoa sem que tenhamos de o justificar na esquadra ! As relações entre as pessoas são demasiado estanques e contratuais associadas a uma possessividade doentia, esquecendo que ninguém é de ninguém. Enfim. Há pessoas que queria abraçar mais e dizer-lhes mais vezes que gosto delas. Pessoas tão fisicamente próximas e no entanto… tenho de arriscar mais e sujeitar-me às suas reações.  Todos os que amamos eternizam-se em nós. Ficam sempre em nós. Mesmo aqueles breves amores de outrora ficam sob a forma da recordação, lembrando doçuras momentâneas. Se hoje fosse o meu último dia com vida, gostaria que ficasse de recordação o que dei de mim: o amor, os sorrisos, o amparo de um abraço, a esperança viva e a certeza de que estarei sempre presente no vento (como um dia sonhei). O vento que baloiça as folhas secas, a brisa das tardes mornas, o ar que envolve tudo e tudo revira.

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