domingo, 14 de junho de 2015


Somos sempre o que sempre fomos.
Adaptamo-nos às curvas da estrada, balançando mais para um lado ou para o outro, saltando com algum buraco no caminho mas somos sempre o que sempre fomos.
Tivemos amigos, temos amigos mas os que outrora tivemos mais chegados são como os que temos hoje chegados a nós. Continuamos iguais. A mudança não acontece, apenas evoluímos. Não se verifica alteração da matéria em si, não mudamos.
Tive amores diferentes mas continuo a procurar o mesmo, o que não encontrei ainda. Não mudei, continuo a ser o que fui. Sempre. Só quem bem me conhece, quem me acompanha desde cedo, compreende o que aqui afirmo. Só esses poucos aceitam e compreendem a minha gargalhada próxima da lágrima sentida, a alegria para os demais quando o coração está apertado, a palavra em demasia seguida de dias de silêncio e afastamento, o empenho extremo num qualquer projeto individual deixando todo o restante para trás, o gosto pela música clássica harmoniosa versus hard rock ou heavy metal bem alto a conduzir numa noite de verão para largar o stress, ou alguma emoção menos bem resolvida... o amor pela minha serra, o abrir os braços para sentir o vento passar, o abraçar a minha cadela e falar com ela olhos nos olhos sem pronunciar qualquer som e ficarmos depois ali no chão juntas, a olhar as estrelas. Ai se eu pudesse, se eu tivesse como... Sonhadora, amante da vida. Continuo a ser sempre o que sempre fui. E serei.


I'm just a dreamer... (to listen)

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