segunda-feira, 29 de junho de 2015


Resultado de imagem para ralhar com filho

Ontem, para além do insuportável calor que se fazia sentir ao fim da manhã, houve um outro fator que me fez acelerar a saída da praia. Uma família de casal e dois filhos, o menino com uns10 anos e a menina ligeiramente mais nova "aterraram" quase colados às nossas coisas, colocando as suas quase debaixo da sombra do nosso chapéu de sol. Mas tudo bem, só queríamos a sombra para o lanche não aquecer. Eles não tinham qualquer tipo de sombra, nem mesmo chapéus nas cabeças nos miúdos. Assim que estenderam os seus pertences pela areia, o miúdo quis comer. Apercebi-me que o lanche que a mãe arranjou foram umas bolachas de água e sal e a criança começou a perguntar "e para beber?". A mãe logo se irritou com as exigências do filho que propôs que o pai fosse comprar algo ao café mais próximo. Bem, não estão a ver o que ela gritava com o miúdo, a pedir um pouco mais de educação ! O pai nunca abriu a boca e lá foi comprar um leite com chocolate para cada filho. O menino lanchou descansadamente debaixo do nosso chapéu em silêncio. (Tive pena, a sério). Depois a mãe ainda ralhou com a filha pois não podia ter um bago de areia na toalha, onde até tinha os pés cuidadíssimos. Antagonicamente, atrás deles estava uma família de pais e filho em que debaixo de dois chapéus de sol, o pai fazia um buraco enorme e o filho outro, enquanto a areia invadia naturalmente aos poucos o território ocupado pela mãe. Sem stress. Fui para água gelada com a minha filha também ela atenta a tudo o que se passava ali. Daí a uns minutos vejo a mãe a passar entre pessoas à beira da água. Foi buscar os filhos aos gritos que andavam a brincar um pouco longe com uma prancha de outros amigos instantâneos. Nada de pai. A situação foi contínua. A voz da senhora já me irritava os tímpanos. O filho não podia abrir a boca que era sempre contrariado. E calou-se em todas as vezes. Só se ouvia a voz da mãe. O calor apertava e cada vez chegava mais gente. Decidi que estava melhor em casa e comecei a arrumar tudo para ir embora dali. Ainda tive tempo de assistir a mais uma. A mãe achou que nos brinquedos de praia estava algo que não era dos filhos ao que o menino disse que sim, era deles. A mãe: "Cala-te já ! Sabes melhor que eu, queres ver ?" e ele calou-se. O pai nem se mexeu.
Que família és esta ? Não, que afinidade têm estes elementos entre si ? Que problemas esconde aquela mãe ? O que será destas crianças num futuro próximo ? E que figura masculina representa o pai ? que modelo ? No meio disto tudo, há a louvar que a mãe foi à procura dos filhos e nunca lhes levantou a mão. Só isto. Não vi qualquer gesto de amor entre estes quatro elementos. Lamentavelmente, nem entre os irmãos.
A complementar, aconselho a leitura de Que tipo de mãe é você ?

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