Nunca teve muito sentido de humor. Nunca me fez rir como eu gostaria.
Aquele fogo que incendeia tudo por dentro, não me chegou a tocar.
A sua insegurança quanto ao poder de decisão esteve sempre presente.
Interesses diferentes. Conversas vazias, forçadas.
Nada de surpreendente. Tudo igual todos os dias.
Cansei.
Melhor sozinha.
segunda-feira, 6 de novembro de 2017
quinta-feira, 19 de outubro de 2017
Frequentemente levamos a vida à pressa. Queixamos-nos de como tudo passa depressa, que não temos tempo para nada, que o dia devia ter mais umas três ou quatro horas... Não sou exceção. Ainda por mais sou geminiana com ascendente em gémeos e dá-me verdadeiro prazer fazer várias coisas ao mesmo tempo e ser rápida no que faço é um orgulho. No entanto, quando a correria é muita há sempre algo que nos faz tropeçar e andar mais devagar, ou mesmo parar. Hoje, a minha correria diária ficou mais lenta fisicamente dando espaço à introspeção. Constatei que não é preciso correr, andar à pressa. Se não se fizer agora, faz-se depois. Mas aquilo que fizer agora, se o fizer de forma moderada sem pressas, sou capaz de aproveitar o momento. Se o fizer à pressa nem tomo o sabor de nada, simplesmente faço, executo. Mais vale fazer menos mas com mais sabor, retirando prazer do que se faz. Imagine-se um simples beijo de despedida de manhã. Não pode ser um simples toque de pele, um gesto automático. Acrescente-se uma carícia, um olhar, um abraço, algo diferente todas as manhãs porque todas as manhãs são diferentes. Da mesma forma, não coce a orelha do seu cão com desapego. Faça-lhe festas ao mesmo tempo que fala com ele, olhe-o nos olhos e perceba o que ele lhe diz com o olhar e com os gestos da cauda. Não se limite a aceitar um dia de sol. Procure as abelhas que rodopiam as flores ou as formigas trabalhadoras que lhe fogem debaixo dos pés. Não basta o "Bom dia, como está?", espere para ouvir a resposta ! Afinal interessa ou não saber como está a pessoa que cumprimentou ? As palavras se forem ditas sem serem sentidas não têm o mesmo valor. Os momentos se não forem aproveitados são desperdiçados pois já não voltam.
Vale a pena pensar nisto. Não ?...
quinta-feira, 12 de outubro de 2017
Ai se eu pudesse amar-te com o poder do vento !
Em dias calmos acariciava-te como uma brisa suave de fim de tarde de verão
Semeando em ti o desejo de refrescar a pele sobre uns pálidos lençóis...
Ai se eu tivesse o poder de te rodear e sentir todo o teu corpo como o vento faz !
Volvia-te o cabelo, rodopiava à tua volta
Embriagava-te com beijos e sussurros até ficares com o olhar fixo no meu transbordando de loucura todo o sentimento negado
Ai se eu pudesse !
Amava-te devagar como uma brisa
Amava-te com pressa qual furacão
Amava-te quieta, sem vento, sem poderes próprios
Amava-te em todas as velocidades... se eu pudesse.
Em dias calmos acariciava-te como uma brisa suave de fim de tarde de verão
Semeando em ti o desejo de refrescar a pele sobre uns pálidos lençóis...
Ai se eu tivesse o poder de te rodear e sentir todo o teu corpo como o vento faz !
Volvia-te o cabelo, rodopiava à tua volta
Embriagava-te com beijos e sussurros até ficares com o olhar fixo no meu transbordando de loucura todo o sentimento negado
Ai se eu pudesse !
Amava-te devagar como uma brisa
Amava-te com pressa qual furacão
Amava-te quieta, sem vento, sem poderes próprios
Amava-te em todas as velocidades... se eu pudesse.
terça-feira, 26 de setembro de 2017
O beijo.
A importância do beijo na boca no relacionamento sexual. "A soul kiss: an open mouthed kiss envolving tongues meeting each other", ou seja, um beijo de boca aberta em que as linguas se envolvem como que se conhecendo uma à outra. Diria mais, é um beijo de alma em que as línguas tentam de facto tocar a alma do outro. A boca é uma fonte de estimulos, dá e recebe. Há melhor começo que um toque de lábios, olhos nos olhos ? Ali, bem de perto, sentindo a temperatura do outro, respirando o mesmo ar, provando o sabor do outro... se não der aquele friozinho no estômago não vai dar certo porque o desejo não está lá ! Experimente ter sexo sem beijar ou ser beijado(a). Não é a mesma coisa. O beijo dá prazer e conduz a novos estímulos. É pelo beijo que o corpo consente ou não ser partilhado no sexo. Se o beijo for incompatível não vai dar, não vai satisfazer plenamente. Não tem que amar para beijar, tem que beijar para amar o corpo do outro. E beijar por todo o corpo, de várias maneiras, só lábios, só língua, com lábios e língua, com saliva, sem saliva... use tudo ! Beije ! Beije muito, beije tudo !
quarta-feira, 13 de setembro de 2017
Olá ! Parece-me que não escrevo há uma eternidade. E todo e qualquer pedacinho de tempo serve para crescermos, para amadurecermos. É que o planeta está sempre a girar, isto não para, e as coisas acontecem. Há umas que se programam e têm um espaço virtual limitado dentro do qual se podem mover, estender, encolher, Outras há... que nos surpreendem porque apesar de se falar nelas não esperamos verdadeiramente que aconteçam. Estou a falar no plano da saúde. A minha mãe sofreu um avc numa manhã normalmente calma, sem atritos. Chegou de mansinho, baralhou-lhe o sistema nervoso e graças a Deus e ao meu pai foi prontamente socorrida e levada para o hospital, onde ficou durante uns dias até estar bem o suficiente para voltar para casa. Foi duro, chocante, estranho. O medo instalou-se porque o futuro poderá ter mais episódios destes e... mais frequentes e graves. Já recuperou muito, apenas mantém uma certa ponderação a falar e andar sendo que por vezes a sinto ausente ou baralhada com a sucessão de acontecimentos, incluindo confusão com as personagens. Para já o pior já passou. Umas semanas depois aconteceu a minha cirurgia já programada. Correu tudo dentro do esperado embora lá dentro a situação estivesse pior do que aparentava. Sempre fui resistente à dor o que é prejudicial em certas situações. Enfim, estou um bocado dependente... Não consigo conduzir, cortar o meu bife, lavo a cabeça com uma só mão, não lavo roupa sem ser na máquina, para estender inventei uma nova maneira mas não consigo pegar no alguidar... e por aí fora. O ser humano é uma animal de hábitos e habituamo-nos a qualquer nova maneira de fazer as coisas. O braço direito ainda não tem força mas há de ter ! Mas tudo isto levantou muitas questões... as amizades, quem se preocupa verdadeiramente, as diferentes atitudes e reações das pessoas, não só relativamente a mim mas também à minha mãe. Como sempre, avaliamos os outros por nós mesmos. Se quando me dizem que fazem um exame médico em tal dia eu guardo a data para depois saber da pessoa porque me interesso, pensei que fariam assim comigo também. Não. E quando uma amiga soube e contou a outras e me enviaram sms e outro tipo de mensagens, respondi de modo seco. Merd@. Apeteceu-me até... enfim, já passou e controlei-me. Fechei-me, saí completamente de circulação até porque quando não estamos aí para festas nem estamos disponíveis para conduzir há muito amigo que se dissolve algures. Ficamos sem saber nada deles. Não são amigos, são gente conhecida oportunista. Prometi a mim mesma ser para eles como foram para mim, afinal amor com amor se paga ! e não é que não sou capaz ??! Já retive uma data importante para uma "amiga" a quem já transmiti algumas palavras de apoio. Fico irritada comigo mesma. A minha mãe sempre me ensinou a dar a outra face depois de ser esbofeteada mas houve tanto ensinamento que não segui e este ficou-me gravado! E custa-me porque da minha lista de amigos afinal, sobraram três que estão cá no coração. E claro, a minha família chegada que tem sido incansável ! Não quero com estas palavras armar-me em santa porque o que sou mesmo é parva. Quero dizer vos para se preocuparem com quem se preocupa convosco, Para telefonarem ou visitarem em vez de enviarem mensagens. Na voz percebe-se se a pessoa está bem ou não se formos atentos. Na presença não dá para enganar ninguém ! E se realmente se preocupam com quem não está bem, por favor vão ver essa pessoa ! Olhem que fiquei a conhecer muitos dos meus "amigos" nas últimas semanas...
Saúde para todos ! Até breve.
Saúde para todos ! Até breve.
quinta-feira, 3 de agosto de 2017
Um dia vou escrever um romance. Um romance de amor. Daqueles que toda a gente vive, ou devia viver, mas que esconde por ser demasiado sentido. Sentido, marcante, extremo. Daqueles que tanto se pode ir ao cume da felicidade como se sofre muito pela sua ausência. Uma história forte, que nos apegue e que nos faça desejar ter um amor assim. Um amor carnal que se deixe envolver espiritualmente. Um amor que não apetece largar, que mesmo longe está presente. Que nos dê prazer entre olhares, sorrisos, beijos, gargalhadas ! Que nos faça sentir vivos ! Ah mas primeiro... tenho de o viver.
quarta-feira, 28 de junho de 2017
Ela, a minha princesa, tem algumas dificuldades que os outros aceitem a sua maneira de estar no mundo. Não que tenha dificuldades em fazer amizades pois toda ela é sorrisos e vontade de conhecer o outro. Acontece que sempre foi muito estimulada para questionar e procurar autonomamente as respostas (mea culpa). Mas todo o desejo de conhecer, toda a curiosidade natural é inata a esta menina. Já nasceu assim, não fui eu. É certo que sempre falei muito com ela de forma muito íntima enquanto estava na minha barriga. Desde que soube que estava grávida, estabelecemos um contacto único e especial, principalmente ao saber que vinha aí outra mulher, outro ser guerreiro. Falava com ela a sós (tal como hoje) tanto com assuntos de felicidade como de preocupação, dando-lhe exemplos e mostrando como poderia utilizá-los no futuro a seu favor para evitar situações menos boas ou conquistar vitórias. E ela respondia-me com movimentos na barriga. Quando eu estava triste ou aborrecida com algo, a ligação era extrema e tenho a certeza que sentia o mesmo que eu, e juntas lá enfrentávamos o mundo. Mas o cordão umbilical agora é virtual. Foi cortado. Ela tem as situações dela e eu as minhas. Vamos falando, partilhando, abrimos caminho juntas muitas das vezes, noutras alturas tenho de defender a minha cria desses abutres ignorantes que desconfiam de tudo quanto é diferente, daquilo que não percebem. E vem-me ao pensamento a caça às bruxas, mulheres virtuosas, inteligentes, que conheciam a natureza e através dela curavam os enfermos, poderosas detentoras de conhecimento diverso, de anatomia, etc. Estamos no sec. XXI mas a mentalidade de muitos ficou lá atrás na Idade Média. E ela que gosta tanto de não ser igual a todos. Como a ovelhinha preta do rebanho que fez a diferença embora ela não queira ser como os outros, quer mais que os outros sejam como ela (conhecem a história ?https://www.youtube.com/watch?v=VcyRy7Gpb7A) diz que na escola lhe chamam gótica soft. Já foi com o cabelo roxo para a escola e até fez sucesso aparentemente – e fica-lhe tão bem ! Mas não consegue ter conversas como gostava com os colegas. Ela fala de cinema e de realizadores de cinema e conhece-os pelo seu estilo e filmes. Sabe o nome dos actores. Lê as críticas antes do filme sair em Portugal. Se estiver em inglês e tiver alguma dificuldade, faz copy/paste no tradutor e voilà ! Conhece as músicas antigas tipo anos 80/90 e canta-as explicando o que diz a letra. Filosofa sobre esoterismo e experiências paranormais. É fascinada por História, sobretudo a que diz respeito à antiga Grécia e Egipto, envolvendo Mitologia, claro. Adora arte. Faz coisas lindas com as mãos, seja a pintar, a desenhar, com tecidos, linhas… Escreve de forma maravilhosa contando histórias com início, desenvolvimento e fim, sempre com alguma lição a retirar. Não compreende injustiças. Quer ajudar todos que aparecem pela frente a pedir. É um doce de menina. Hoje disse-me que prefere a escola pública que frequenta à escola particular onde está em ATL, “nesta não ia ser feliz mãe”. Pois não. Estaria mais limitada, com meninos híper mega protegidos que “não conhecem o filme O Tubarão, como é possível já com remakes recentes, mãe ?” Tem 11 anos e uma memória enorme cujo início roça o dia em que completou os três anos. Como ela diz, “há coisas que eu não me queria lembrar mas que ficaram cá por qualquer motivo”. É muito boa aluna mas ainda não tem pedalada para não se deixar afetar pelos efeitos externos de vária ordem e acaba por se prejudicar. É uma wonder woman capaz de mudar o mundo. Adora bebés. Anda descalça sempre que pode e quando descontrai é bastante distraída – tropeça, derruba coisas... Talvez por ter uma atividade cerebral sempre acelerada, precisa de dormir muitas horas (10 a 12 é o ideal). Gostava que a instituição “escola pública” estivesse preparada para aceitar e soubesse estimular crianças assim. A minha não é única bem sei, mas é a minha filha. Sente-se muitas vezes marginalizada porque foge ao esteriotipo das coleguinhas que querem maquilhar-se e puxar os calções para mostrar a coxa assim que a mãe vira as costas. As educações não são as mesmas nem dadas da mesma forma. A minha cresce a saber aceitar as diferenças. Ainda no outro dia me falou de uma cantora que assumiu a bissexualidade e eu fiz um qualquer comentário que ela achou depreciativo e disse “não nos cabe a nós julgar as opções dela, mãe”. A minha menina de ouro é assim e tenho muito orgulho nela. Vai ser grande. Vai ser do tamanho dos seus sonhos !
terça-feira, 20 de junho de 2017
Às vezes acho que sou um capitão solitário de um cruzeiro de muitas vidas em que só me contactam para atracar nalgum porto ou para pedir ajuda para o que lhes convém. Ninguém se importa verdadeiramente comigo, com a minha pessoa. Sou forte o suficiente para não precisar de alguém, pensam. E sim, sou forte. Aguento muito. Desde dores físicas a lamentos das almas, quer seja da minha ou dos outros. Às vezes as almas dos outros ocupam-me mais tempo que a minha. Ok. Quase sempre. A minha quando está ferida espreme-se em lamentos surdos no espaço que percorro até casa. Sózinha, claro. Sózinha sempre. Sózinha a pensar, a decidir, a fazer, a programar, ... a chorar. E assim serei e estarei. Já não quero iludir-me e desiludir-me. Sou. Ponto. E para ouvir absurdos que se inventam mascarados de amor, mais vale não o permitir. Porque mesmo acompanhada, estarei sempre só. Seria bom demais encontrar-te. Não existes.
sexta-feira, 16 de junho de 2017
Ficaria toda a tarde a observá-los. Tal como os humanos, distribuíam-se por grupos ou individualmente. À sombra de uma árvore, havia mães/tias a catar os mais pequenos. Num grupo jovem, de vez em quando ouvia-se uns gritos, uns em desacordo com outros, umas corridas, um reboliço a que toda a comunidade dava atenção e deixava por si só resolver-se sem interferência de mais velhos. Um macho lá do cimo tudo via, enquanto levava um dedo ao ânus para cheirar e lamber de seguida. Outros estendiam-se pela relva abrigados do sol que estava bem quente. Num dos reboliços, aquele jovem chimpanzé que vemos na foto, correu até à plataforma de madeira onde podia divertir-se nas cordas. E que feliz estava embora sózinho ! O talento acrobático com que nasceu foi todo ele apresentado nos minutos seguintes. O rodopio com várias formas dependurado na corda foi sempre efetuado com um sorriso rasgado. Visivelmente preocupada, uma chimpazé fémea mais velha já com escassez de pêlo, veio sentar-se debaixo da plataforma olhando para cima frequentes vezes para ver o (seu) menino. Parecia uma avó, como nós humanos. Paciente, experiente, preocupada, sentou-se e cruzou os braços. Ele descobriu-a e espreitou-a como quem diz "que estás aí a fazer ? queres ver o que consigo?" e lá voltou ele para as cabriolices sob o olhar atento dela.
Decidimos andar um pouco mais para cima, contornando o recinto. Não tardou a correr e fazer-se de engraçado na janela de acrílicio onde nos olhou olhos nos olhos e até sorriu. A "avó" acompanhou-o até ali e descansada foi ter com o grupo de fémeas que catava os pequenos, já com um poderoso macho ali sentado.
Não consigo vê-los como simples macacos. Estou eu a observá-los ou vou lá para que eles me observem ?
Quando cheguei ao gorila da montanha e o vi sentado, cheio de calor a olhar para todos os que estavam a espreitar no vidro... só fui capaz de me afastar e dar-lhe o espaço que é dele, sem espreitar a sua privacidade (que não tem !). Havia um gorila pequenote e a mãe guardava-o entre a porta que dava acesso ao ar livre. Ele saía e voltava a entrar.
Estava muito calor. As crianças não devem andar ao sol.
terça-feira, 13 de junho de 2017
Oh meu Santo António
Escutai as minhas preces
Ouvi os meus pedidos
Não me desprezes
Dizem que és Senhor
E que a todos dás amor
Também quero um pra mim
Envia-me o Querubim
Nesta vida desencontrada
Já alguns me enviaste
Mas me sinto mal amada
Nos caminhos que traçaste
Espero ainda, talvez em vão
Conhecer o homem certo
Que preencha meu coração
E fique sempre por perto
Homem valente
Capaz de chorar
Divertido e inteligente
Que saiba abrigar
Paciente tem que ser
E saber cantar
Que não goste de beber
E não se negue a trabalhar
A lista já vai longa
Fica muito a faltar…
Hoje é Santo António
Só quero é dançar !
Não vai ser num convento
Que a fogueira vou saltar
Por essa noite dentro
até o dia raiar
Só tenho mais um pedido
que não podia faltar
que ele me traga um mangerico
e para sempre o vou amar.
sexta-feira, 9 de junho de 2017
Sincronicidade
Sincronicidade é um termo inventado pelo renomado psicoterapeuta Carl Jung. É o aparecimento de “coincidências significativas” na sua vida, sendo na maioria das vezes improváveis, irônicas e bastante úteis.
Esse fenômeno é uma sugestão do Universo e um sinal de sua intuição e conectividade com ele. Se você tem experimentado sincronicidade, isso quer dizer que você tem estado no lugar certo e na hora certa.
Mesmo que alguns digam que a possibilidade de um evento como esse é bastante baixa, para muitas pessoas as sincronicidades acontecem o tempo todo. É um evento mágico que nos permite reconhecer que estamos no caminho correto e abertos à orientação espiritual.
Mas como saber se você está vivenciando experiências de sincronicidade? Aqui vão alguns exemplos comuns:
1. Encontrando “por acaso”, recebendo uma ligação, uma mensagem ou um email de alguém que você está pensando a respeito.
2. Cruzando aleatoriamente com um produto que soluciona o exato problema que você tem, mesmo que você não esteja procurando por ele. De repente o anúncio ou o item na loja chega até você como se dissesse: “Aqui! Isso é exatamente o que você precisa!”
3. Assistindo algum filme ou série que possui uma história que espelha às suas próprias questões atuais.
4. Ouvindo desconhecidos em público falando sobre coisas que você vem refletindo sobre a sua vida.
5. Encontrando de maneira repentina uma pessoa que é capaz de te apoiar diante de um desafio recente, como se ela tivesse sido entregue diretamente a você com este propósito.
6. Recebendo uma mensagem reanimadora, por vezes fora do contexto, mas na hora certa. Você escuta alguma palavra positiva ou se depara com algum tipo de ensinamento elevado.
7. Compreendendo uma incrível sincronia. Uma coisa após a outra é percebida exatamente no momento correto e tudo se alinha perfeitamente.
Esteja atento aos sinais! Embora estes sejam grandes exemplos, a sincronicidade é um fenômeno ilimitado, podendo acontecer em diferentes áreas na sua vida.
Você já passou por alguma destas situações? Têm outros exemplos de sincronicidade? Comente e compartilhe conosco!
(Texto traduzido e adaptado por Despertar Coletivo, publicado originalmente no Raise your Vibration Today)
Veja mais em: http://despertarcoletivo.com/sinais-de-que-o-universo-esta-te-ensinando-atraves-da-sincronicidade/
Fiz mesmo copy-paste para que não se perdesse nada, embora tenha indicado o link logo no início.
Tenho tido períodos na minha caminhada, mais ou menos assim com esta sincronia. Se andar mais stressada não os identifico tão bem. Mas, quando me acalmo e tento sentir o motor do mundo, detetar os sinais do universo é uma coisa que vem por si só. Nem sempre os consigo interpretar. Por vezes, tenho de deixar passar um tempinho para perceber o que me estavam a indicar, mas acredito que seja uma questão de treinar a perspicácia. Quando os sinais vêm com muita antecedência, assusto-me um pouco porque tenho de tomar uma decisão para uma atividade que tinha agendado para umas semanas mais à frente e fico expectante para que esse dia chegue e eu perceba que tomei a decisão correta. (Estou num desses períodos precisamente.) Quando parece que tudo impede de realizar algo que queríamos muito, é melhor não o fazer. Por outro lado, se temos pensado muito em fazer algo e todo o universo conspira a favor é a altura para dar esse passo, mesmo que tenhamos receio de o fazer. Convém dizer que isto não acontece com todas as pessoas. Nas mulheres da minha família parece haver uma tendência acentuada para o desenvolvimento da intuição talvez porque somos muitos ligadas à Natureza, à terra e tudo o que dela cresce, à luz seja do sol ou da lua, ao mar, à chuva, à comunicação com o que não vemos mas sentimos. Estamos sempre ligadas por algo superior, muito acima do sangue que nos corre nas veias. Considero que seja um poder altamente sensível que partilhamos e que desenvolvemos pela observação atenta do que nos rodeia e talvez por memória de vidas passadas. Embora esta condição me leve a isolar de muita gente (sobretudo os incrédulos e materialistas com vida espiritual quase nula), é uma sensação muito agradável estar em sincronia com as vibrações do universo. Tentem. A vossa aura vai brilhar.
sábado, 3 de junho de 2017
sexta-feira, 2 de junho de 2017
A rapariga loura de cabelo comprido tem um ar leve e olha expectante sobre a multidão que se cruza entre os vários aromas de comida. Chega então um rapaz amoroso como ela mas que, inevitavelmente, perde todo o encantamento quando assume aquele gesto másculo de "os por no sítio". Claro que ela ignora - está apaixonada. Ele entretanto tem um gesto amável com outra rapariga, qual Barbie de ponpons nas sandálias de salto agulha e calças arrumadinhas na "gaveta", de fraco cabelo estupidamente alisado. Atrás de mim, um rapaz ao telemóvel queixando-se da mãe do filho. (E a fila que não anda...) Olho para trás... cadê a minha cria ??? Ah ! Estava na fila. Que susto ! Pizzas !!! Ao nosso lado janta uma mãe com três filhas fardadas de um colégio ali perto. Uau ! Nem um eu conseguia pagar ! Passam duas negras empurrando dois carrinhos com bebés. De frente, dois jovens bem dispostos e modernamente vestidos, com a calça justa e curta, cabelo impecável, barba longa cuidada. Vamos embora. Duas lindas morenas com traços indianos. Um rapaz lindíssimo de braço dado com uma senhora de muita idade caminha lentamente. Numa cadeira no varandim, uma senhora alimenta-se de pão de dentro de um saco de plástico, curvada sobre si mesma, absorta de tudo o que se passa à sua volta. Vê-se tudo e de tudo. E é esta diversidade, estas diferenças individuais aceites por cada um que faz este mundo mais rico, mais intenso. Perante tamanha diversidade cultural, a singularidade acentua-se tirando força à crítica. Tudo é aceite e nada choca. Tolerância. Aprendizagem. Adoro capitais.
segunda-feira, 29 de maio de 2017
segunda-feira, 22 de maio de 2017
Hoje é véspera do dia de amanhã. Um dia como outro qualquer não fosse ser véspera do dia em que comemoro o meu aniversário. Amanhã, cinco minutos antes das sete horas completo mais um ano. Hoje é dia de fazer o balanço destes anos todos de desenvolvimento pessoal. Fiz um percurso quase irrepreensível. Sim, quase. Não fiz o percurso como seria esperado por aqueles que muito me amam, mas fiz o MEU percurso, à minha maneira, ao meu ritmo. E tenho tudo para ser feliz. E consigo ser feliz com tudo o que tenho. Se podia ser mais ainda ? Ah se podia !... não seria dinheiro que me faria mais feliz, não. Mudar de profissão. Tenho pensado tanto nisso... Mas sempre fui uma pessoa ponderada, com os pés assentes na terra embora dando oportunidade ao risco. Muitas vezes corri riscos e se não fossem eles não tinha adquirido a experiência que tenho em diversos campos. E não me tinha divertido, nem aprendido, nem sido feliz nesses momentos mágicos. A felicidade verdadeira é instantânea, só que temos a capacidade de a prolongar com atitudes e floreados à sua volta. Mudar de profissão... e fazer o quê ? Parece-me a mim gostar de fazer tudo menos o que faço ! Chega a ser ridículo. O problema é que não tenho trabalho, tenho um emprego, chato. Não desenvolvo nada, não crio, e há anos que faço o mesmo. Mas não posso largar tudo de um dia para o outro. Faz parte daquelas coisas "certinhas" que fiz na vida: ter o emprego que a mãe aconselhou. E aconselhou muito bem porque pagaram sempre a dia certo e é com ele que consigo pagar as contas e colocar comida na mesa. Não posso arriscar agora, com dependentes a cargo. Não. Só se fizer algo paralelo... hummm. Assunto arrumado. Depois, temos as amizades, ou pseudo amizades. Lá há um ou outro verdadeiramente amigo que se vão mantendo embora com muitas diferenças de pensamentos. Mas há outros que têm de ser banidos do meu coração. Aliás, já foram. O mundo está sempre a girar, e até as árvores deixam cair as folhas e se renovam depois. Há (ou havia pessoas) na minha vida que aos poucos deixam de encaixar no puzzle. Seja por elas, seja por mim, sejam os interesses, sejam as energias, simplesmente acontece o afastamento. Sem ressentimentos. A vida tem destas coisas e só temos de aceitar. Irrita-me é quando alguém força e se impõe e não percebe a falta de atração, de interesses, de ideias. Não falo de atração física - essa nem eu consigo explicar ! Acontece, faz faísca e o fogo é inevitável. Sinto que estou à beira de qualquer mudança de facto. Já não tenho paciência para relações parvas. Quando não suporto, não finjo. Temos pena. Afinal quem quer o melhor para mim se não eu mesma ? Acho que já passou tempo demais para andar a mandado dos outros. Afinal, tudo aquilo que decido assumo as consequências. Preciso de um tempo. Um tempo de descanso, de reflexão, um tempo de solidão para ouvir o que a minha alma tem para dizer. Gosto muito da minha companhia, Sempre gostei. Como se fosse duas em que uma ouve a outra, tudo em silêncio. Amanhã é o primeiro dia do resto da minha vida, e vou ocupar parte dele a cuidar das flores dos vasos. Vai ser o meu tempo com alguém que me foi muito especial. Saudades. Há amores que crescem em nós de uma forma tão grande que nos sentimos sempre pequeninos, não é ? Sejam felizes ! Amem muito !
segunda-feira, 8 de maio de 2017
Amor.
Quando o ouvi a falar apaixonei-me.
Senti uma afinidade tal com as suas palavras, os seus gestos, o olhar, que me emocionei.
A doçura que emanava fez com que me arrepiasse.
Os olhos encheram-se de lágrimas ao ver os seus transparentes, numa veracidade de sentimentos como há muito não vira.
Identifiquei-me completamente com aquela necessidade constante de estar permanentemente apaixonado. Não necessariamente por alguém, mas por algo, como um projeto que se desenvolve e cresce e toma conta de nós.
E o amor... oh o amor ! Amar loucos porque são diferentes, porque fogem à regra, porque isso torna-os especiais. Como te entendo !
Fazer o que se gosta, viver o momento... Ai Salvador, menos 20 anos que eu e com uma vida tão frágil... Que todas as forças do Universo te levem as melhores energias para poderes enfrentar o futuro ! e que ao conseguires o esperado transplante recebas um coração puro e cheio de amor como o teu.
Ama pelos dois, Salvador ! Vive e ganha a vida !
Amar pelos dois
Quando o ouvi a falar apaixonei-me.
Senti uma afinidade tal com as suas palavras, os seus gestos, o olhar, que me emocionei.
A doçura que emanava fez com que me arrepiasse.
Os olhos encheram-se de lágrimas ao ver os seus transparentes, numa veracidade de sentimentos como há muito não vira.
Identifiquei-me completamente com aquela necessidade constante de estar permanentemente apaixonado. Não necessariamente por alguém, mas por algo, como um projeto que se desenvolve e cresce e toma conta de nós.
E o amor... oh o amor ! Amar loucos porque são diferentes, porque fogem à regra, porque isso torna-os especiais. Como te entendo !
Fazer o que se gosta, viver o momento... Ai Salvador, menos 20 anos que eu e com uma vida tão frágil... Que todas as forças do Universo te levem as melhores energias para poderes enfrentar o futuro ! e que ao conseguires o esperado transplante recebas um coração puro e cheio de amor como o teu.
Ama pelos dois, Salvador ! Vive e ganha a vida !
Amar pelos dois
Acabei de ler um livro. Não foi muito intenso a nível de sentimentos como gosto. Habitualmente fico com pena de acabar o livro, pois sinto-me ligada às personagens de tal forma que me custa despedir-me delas. É assim que sou com os livros. E já andava a irritar-me com a leitura porque tenho uns quatro livros começados a ler e que abandonei algures... Já nem sei o que li. Por qualquer motivo não me prenderam, não me cativaram, não me envolvi nem me apaixonei. E decidi comprar um mais fininho para ver se a paixão voltava. Estava a ver que era outro para abandonar mas lá insisti. Hoje, quando a personagem principal da história foi encontrada morta na sua cama senti-me desiludida. Afinal eu esperava que mesmo velhinha ela voltasse a sentir "um instante de amor" tal como sentira no passado e a fizera tão feliz. E o livro acaba, e a história acaba naturalmente como tudo na vida porque nada é eterno. Mas no fim veio o consolo. Quando te disserem que estás louca, não aceites, não acredites. Escreve.
quinta-feira, 4 de maio de 2017
Como eu, há tanta mulher por aí a sentir-se só nos seus pensamentos. Não se confunda com solidão, esse estado que se assemelha a um poço em que alguém cai e custa a sair de lá. Não. Não me sinto fisicamente só. Gosto muito da minha companhia. Gosto de diariamente me isolar um pouco para que em silêncio possa ouvir melhor os meus pensamentos e poder optar sem pressões pelo caminho a seguir. Às vezes não é no silêncio mas sim com a música bem alta de maneira que se erga uma barreira contra todos os sons externos a esse ambiente em que procuro a organização de ideias. Noutras alturas (e cada vez mais) é junto da Natureza, em caminhadas exaustivas individuais para cansar o corpo de maneira a que a energia abandone a matéria e se concentre na essência - o que não é palpável e de facto me define: o espírito, o pensamento, os sentimentos, valores, etc. E ouço o melro a cantar, o vento nas folhas das árvores que me saúdam à minha passagem, a água que corre escondida nas ervas, os corvos imponentes pousando na terra, a lagartixa fugidia, a flor que me sorri... (hoje achei um ovinho pequenino do tamanho de uma unha, guardei-o para mostrar à pequenota). E integro-me aí fugindo do mundo dos Homens onde se discute tudo por todas as razões, ninguém parece estar de acordo em nada, sobre coisa nenhuma. E recordo a avó, amante das flores, dos passarinhos, da vida... que saudades de poder deitar a cabeça no seu colo sem nada dizer... A avó conhecia-me tão bem. E há mais uma ou duas pessoas a esse nível de compreensão comigo. É triste quando queremos expandir a nossa ideia e vimos que não está a ser recebida da mesma forma como a sentimos. E não adianta "gastar latim" porque a pessoa está sintonizada noutra frequência pela qual já passaste mas que felizmente ultrapassaste. E não sai dali. E não aceita. E responde fora do contexto quando se espera que nos tenha ouvido e compreendido porque até é uma pessoa amiga conhecida há tanto tempo ! E cai tudo. A pessoa não percebe nada !! A conversa acaba abruptamente porque não vale a pena continuar e penso: "é isto a maturidade ? Devo calar-me, fazer-me desentendida para não ferir o outro(a) e sair airosamente da conversa ?" Tirem-me deste filme se faz favor ! Ainda passo por mal educada e estou a borrifar-me para isso porque já estou naquela idade que não devo explicações a ninguém, apenas devo respeito a quem me ama, quero é viver em paz comigo e com os que amo. As pessoas estão a perder-se no mundo material, de aparências e ostentações e isso cansa-me. Mas há mais, muito mais... fica para outro dia. :)
Tive um fim de semana maravilhoso ! Livre, com quem mais amo !
sexta-feira, 21 de abril de 2017
terça-feira, 18 de abril de 2017
Já não sinto da mesma forma. Ou talvez sinta mas algo me impede de conseguir descrever essa sensação. Talvez me cale propositadamente. Ainda noutro dia comentava com a minha mãe que no nosso dia-a-dia temos de nos fazer de parvos na maior parte das vezes para que os dias corram melhor. E às vezes até acho que isso é uma atitude inteligente. Mas será que é mesmo ?... De facto, há momentos em que isso é válido, nomeadamente quando a conversa descamba e sai do contexto e mesmo que chamemos a atenção para isso, o nosso interlocutor foca-se noutros aspectos levando à desconversa. Se o faz com intenção ? Acredito que sim, mas nem sempre. Quando isso acontece, a pessoa só enxerga para esse lado arruinando qualquer hipótese de outra perspectiva, perdendo pontos na inteligibilidade do fio condutor da conversa. Logo, o parvo real é ele. Por outro lado, o facto de não se dizer o que se pensa, foge um bocadinho à coragem e permite o espezinhamento de identidade por parte do outro. E isso irrita e faz mal à saude. O acumular de sentimentos negativos prejudica o funcionamento de orgãos vitais. O melhor é escolher o meio termo, dando azo a brechas no comportamento. Não, não vamos bater em ninguém :) Mas se apetecer dar uns gritos, pois que se dê, seja dentro do carro, no alto da serra, junto ao mar ... não dá para gritar ? pois que se corra, que se faça exercíco até se cansar o físico e a mente para poder descansar depois. E deve haver a compensação, quer seja a rir, a brincar, a passear calmamente, a ler um livro, a desenhar, a dormir, algo que nos transmita tranquilidade simplesmente. Quando afirmo que já não sinto da mesma forma, quero dizer que ando desiludida com as pessoas não sabendo distinguir a veracidade dos seus sentimentos e atitudes. Tão simples como dizer "bom dia" e esperar resposta idêntica. Se não a recebes, percebes que há algo que o justifique mas se não questionares não saberás o que é. Tenho fases em que gostaria de fazer um reset a certas pessoas do meu circulo diário de encontros e desencontros. Mas tenho consciência que tudo voltaria. Karma... a ver se aprendo de uma vez !
quarta-feira, 12 de abril de 2017
Tenho dias de m#%da em que me isolo do mundo mais ainda do que nos outros dias em que amavelmente sorrio fingida a toda a gente conhecida que por mim passa. Porque temos de ser simpáticos e não mostrar o que vai cá dentro. Horas em que nada parece estar bem. É o horário que não se ajusta aos afazeres nem o contrário, é a amiga que falta quando é necessária, é o médico que põe em causa as queixas da doente que chora atormentada pelas dores, é aquela necessidade de falar e nem uma palavra se atreve a ser pronunciada porque sabe que se perderá no ar inspirada por qualquer nariz antes de chegar a um ouvido compreensivo, é aquela saída que mais vale fazer só porque não há vivalma que sinta como tu aquele concerto único, e olhas as estrelas e pensas na vida. No que conseguiste, no que gostarias de atingir. E as dores evidenciam-se enquanto escreves. E pensas que se desse para as ver iluminadas, não precisarias de candeia. O caminho faz-se de qualquer maneira, nem que seja ao trambolhão. Gosto do meu a subir, devagar, degrau a degrau. De preferência sem dores. Que dia nostálgico… tanta recordação me tem assolado a memória durante o dia, que turbilhão de pensamentos versus sentimentos… os amores que sentimos são frequentemente tão diferentes dos que nos sentem. Mas valem sempre apena. É bom amar. Melhor que ser amado. Damos tanto de nós sem nada esperar na volta ! e é isso que é amar – dizem. Amo sempre até ficar vazia de tanto dar. Quando isso acontece deixo de amar. Amar é dar amor e receber amor. É por isso que há amores que duram para sempre. O que me dói mais (para além desta dor que me impede de escrever à velocidade que desejo) é a alma que guarda em si pontos específicos de amores que amei e por ali ficaram depois de esvaziar o coração. E continuo a amar alguns contra minha vontade porque os seus sorrisos vão enchendo o coração que se ilude e pensa que é amor. Ah sentimento ! Ah vida ! …
Já consigo ouvir os passarinhos de novo. E isso é bom. Dá esperança. Obrigada.
quarta-feira, 29 de março de 2017
Cansa-me o lamento quando é demais, quando é a única conversa que esta ou aquela pessoa tem para comigo. Sim, estou sempre disponível para ouvir quem quer que seja - mas não abusem ! Não sou um depósito de lamentações alheias ! Qualquer uma que escute deixa algo em mim, contamina o meu ar, carrega negativamente a minha energia e (novidade) também tenho as minhas chatices. (E normalmente quem se queixa muito, pouca atenção dá aos lamentos dos outros porque está essencialmente virado para si, alimentando o seu já gordo ego). Mas há aqui um diferença. É que as minhas, é o papel que fica com elas na maior parte das vezes. Tenho apenas duas almas queridas capazes de atender os meus desalentos. Uma está demasiado carregada com os "lamentadores" que tem à sua volta diariamente e a outra é demasiado nova, ainda está a desenvolver capacidades. Não vale a pena falar com mais ninguém se não corro o risco de no clímax do lamento não ser compreendida ou pior ainda, sê-lo erradamente e arrepender-me para o resto da vida de ter aberto a boca. É que também há pensamentos que não devemos verbalizar. Ultimamente tenho tido muitos que nem me atrevo a escrever, sob risco de alguém não saber decifrar as palavras que os transcrevessem. É que para compreender o "outro" temos obrigatoriamente de colocarmo-nos no seu lugar, perante as mesmas circunstâncias, e dificilmente deixaria alguém tomar o meu lugar. Tem de ser alguém espiritualmente desenvolvido o suficiente para me entender com o olhar. A pessoa que me entende, não precisa de me ver para saber o que se passa comigo. Às vezes nem precisa de me ouvir. Isto para mim é uma forma de amar o outro. E quando nos abraçamos, os nossos corações ficam ali perto um do outro batendo descompassadamente enquanto se entendem no silêncio das nossas bocas. É um abraço tão reconfortante, tão tranquilo, sinto uma pertença, uma identificação acima de mim mesma, transcende-me.
Há pessoas que ficam loucas ao acumular lamentos, segredos, principalmente os dos outros.
Eu canalizo os que guardo para criar algo.
Estou em fase de (pré) criar algo, ainda não sei bem o quê...
sexta-feira, 17 de março de 2017
Sobra-me espaço
Não tenho tempo
Corro para lá
Vôo para cá
Falo aqui
Escuto acolá
Abraços e beijos
Tenho tempo para dar
Mas logo retomo
a corrida sem parar
E quando paro e reflito um pouco
desejo o recomeço para não pensar
Toldam-se-me os olhos
aparecem os medos
ameaça o silêncio com todas as verdades
e enfrento e resisto e vou mais além
Mas sobra-me espaço
espaço para mais amor
Para ti.
quarta-feira, 8 de março de 2017
Sejamos amigas umas das outras.
É o mais importante que tenho para dizer sobre o dia que hoje se comemora.
Sejamos unidas.
Respeitemos as diferenças de cada uma, pois somos todas idênticas.
Dá para perceber, não dá ?
Se somos o fruto do que outras lutaram, porque não havemos de nos compreender e aceitar ?
É tudo mais fácil hoje para nós comparando com umas boas décadas atrás, mas tenham presente que ainda há muito por fazer.
Estamos cá.
E vamos à luta todos os dias.
Lembrem-se sempre da primeira mulher das vossas vidas e tentem perceber as suas atitudes, porque boas ou menos boas, todas tiveram algo que as originou. Aceitem-na. Amem-na por aquilo que é no seu mais íntimo. Se hoje não a entendem, talvez ela também não vos entenda...
Sejamos amigas.
Hoje e sempre !
É o mais importante que tenho para dizer sobre o dia que hoje se comemora.
Sejamos unidas.
Respeitemos as diferenças de cada uma, pois somos todas idênticas.
Dá para perceber, não dá ?
Se somos o fruto do que outras lutaram, porque não havemos de nos compreender e aceitar ?
É tudo mais fácil hoje para nós comparando com umas boas décadas atrás, mas tenham presente que ainda há muito por fazer.
Estamos cá.
E vamos à luta todos os dias.
Lembrem-se sempre da primeira mulher das vossas vidas e tentem perceber as suas atitudes, porque boas ou menos boas, todas tiveram algo que as originou. Aceitem-na. Amem-na por aquilo que é no seu mais íntimo. Se hoje não a entendem, talvez ela também não vos entenda...
Sejamos amigas.
Hoje e sempre !
terça-feira, 28 de fevereiro de 2017
Mulheres - o género mais pressionado a todos os níveis na sociedade em que vivemos. Nem sei por onde começar... tanto pensamento na minha cabeça sobre o assunto, ou não fosse eu mulher, sentindo como sinto. Não falemos nas meninas crianças, deixemo-las viver a infância. Mas mesmo assim, dizemos-lhes para fecharem as perninhas quando se sentam para não mostrarem a cuequinha. Cabelo curto ? isso é à rapaz, tem de deixar crescer para fazer uns totós... E crescem. E querem vestir-se à sua maneira. "Sim filha, mas é melhor que não mostres o umbigo, a saia não convém ser muito curta, não te maquilhes muito para não chamares a atenção, esse baton é muito garrido..." Afinal, somos livres ou não ? Se eu respeito a integridade do sexo oposto espero que respeitem a minha também. Se não gosto de andar abafada porque sou calorenta e ando com a blusa mais aberta, isso tem de ser para provocar o sexo oposto ?? Não é, só será se eu agir em conformidade. Quando oiço certas opiniões sobre violações a mulheres como "estava a pedi-las vestida daquela maneira!" - isto é o quê ? Justifica-se ??... Não. Somos adultos, somos animais racionais !!! É muito difícil ser mulher. Espera-se que sejamos mulheres, amantes, mães, filhas, companheiras, cozinheiras, empregadas domésticas, enfermeiras, acompanhantes, amigas, boas profissionais, e sempre bonitas e jovens e bem dispostas ! Aquela expressão, "uma mulher em casa, uma puta na cama e uma senhora na rua"... Fdx... e conseguimos ser tudo isso ! Mesmo com TPM, mesmo com uma barriga de nove meses, mesmo com filhos a acordar durante a noite sem dormirmos o necessário, mesmo depois de um dia de trabalho de m#rda em que nem conseguimos ter tempo para beber o tal litro e meio de água para manter a barriga lisa e evitar a treta de retenção de líquidos tão nossa conhecida. E que ajudas externas temos ? só se for uma mãe ou uma sogra, ou uma amiga mais próxima, enfim outra mulher. Lá há um marido ou outro que é verdadeiro companheiro e contribui de igual maneira no lar - mas são raros ! Bem sabemos que nem o Estado, nem a entidade empregadora nos ajuda grande coisa. Quantas de nós são despedidas ou não renovam contrato por engravidarem ? Quantas já tiveram que fazer prova, sim prova presencial, em como amamentam para poder usufruir da hora de aleitação diária após a maternidade ? quantas de nós conseguem usufruir do pleno tempo de parturiente ? e quando os filhos adoecem ? ah e tal, temos direito a assistência à família ... sem receber quando mais se precisa ? que ajudas são essas ?? e ainda temos de agradecer e calar ? e as mães solteiras e as mães divorciadas a pressão que têm em cima a toda a hora ? sim, aquela hora em que tem de corrigir-se um filho, em que se ajuda nos tpc's ou ampara-se o coração destroçado ! aquela hora em que a febre sobre aos 40 graus e tem de tomar-se uma decisão imediatamente e se vai para o hospital e se carrega o filho debaixo de chuva ou deixa-se a criança entregue a si mesma nas urgências enquanto se procura estacionamento longe como o caraças ! (quando se tem viatura própria!) Oi paizinhos, ACORDEM !
e o assédio constante por todo o lado ? É impressionante o que a indumentária faz, os sorrisos e delicadeza que provoca. Somos sempre as mesmas, seus parvos ! E temos capacidades extra ! e estudamos mais e temos mais aproveitamento é pena é não termos as mesmas oportunidades que o sexo masculino. Não queremos igualdade pois não somos iguais, queremos ter acesso ao mesmo, só isso. Se as mulheres em vez de andarem a "medir saias" (como me dizia ontem uma amiga) se unissem podiamos chegar mais longe. Muito mais longe. Este pais estaria melhor com mais mulheres em lugar de destaque. Que atenção uma mulher que trabalhe 7/8 horas dá aos filhos ? só se for uma que tenha quem lhe trate da casa e de levar e trazer os filhos à escola e outras atividades extra escola ! e tudo isto se reflete no desenvolvimento dos nossos descendentes que irão ser a geração que futuramente comandará isto tudo ! Justifica-se trabalhar para pagar infantários ?? Não devia cada entidade empregadora ter um serviço pós-natal que apoiasse desde o nascimento até pelo menos à entrada na escolaridade obrigatória ? Há tanta coisa mal... e carregamos a culpa do que não corre bem, porque é sempre para nós que sobra. Se discutes, devias estar calada. Se não falas, devias dizer o que te vai na cabeça. Se fizeste massa, devias ter feito arroz. Se adormeceste de cansaço, é porque és fraca ou perdeste o interesse sexual - estás velha ! se te cuidas e arranjas - tens outro ! e por aí fora... Mas é assim. Ser mulher tem coisas maravilhosas. Não trocaria de sexo por nada :)
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017
Virtudes :)
Seja inadequado !
Consultem o link acima.
Sejam felizes, sejam vocês mesmos ! Vale sempre a pena fazermos o que gostamos de fazer. E, gente, não queiram ser fadas do lar sem terem a ousadia de retirarem um tempinho só para vós. Ninguém é feliz só a limpar, a arrumar, a fazer só o que esperam que façamos. E um pouco de preguiça só faz bem ! e se esse tempo for para fazer outras coisas que nos agradem, melhor ainda do que limpar o pó da sala ! temos mesmo é que andarmos nós desempoeirados ! e felizes, ok ?
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017
Às veze apetece-me abraçar-te sem dizer nada, passar-te a mão pela cabeça, sossegando-te o espirito ao mesmo tempo que te aliviaria o turbilhão de pensamentos contraditórios que te assaltam a mente. Faria isto à beira de um qualquer riacho onde o canto dos pássaros se misturasse deliciosamente com o som da água a correr entre as pedras lisas e pacientes. Não, nada te diria. Apenas o meu coração comunicaria ao teu o quanto poderias ficar em mim, se acaso o sentisses... essa busca contínua de não sei quê que buscas a toda a hora e te ocupa todo o tempo serve para quê ? És mais feliz hoje ? que escolhas são as tuas que apenas traduzo como fuga ao passado ? Não saberás que TU és hoje o passado que viveu em ti ? Talvez tenha sido um amor muito grande ! Aceita e liberta-te. Ama-te. E um dia... volta.
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017
Como reconhecer e tratar um manipulador
CUIDADO !
Sim. Tenham muito cuidado. Seja na vossa vida pessoal, escolar, profissional, familiar... Quando temos que lidar diariamente com um(a) manipulador(a), acreditem que qualquer um fraqueja em determinado momento ou situação. Chegamos a pensar que o problema somos nós e mesmos quando estamos firmes basta que o manipulador carregue na emoção que a nossa firmeza abre uma brecha. E por muito pequena que seja essa brecha, é o suficiente para que estejemos nas mãos do manipulador. Imagine-se que no meio do lamento, a pessoa manipuladora pede um abraço para se sentir "amparada" e tu dás - é o triunfo, a vitória, o poder que domina a vítima, por outras palavras: estás feito. No mesmo dia, se for preciso pede-te favores e exige que os cumpras.
Não é fácil. É como respirar um ar poluído. É não ter espaço para evoluir. É sentires-te vigiado. É uma relação doentia de dependência que se estabelece e se enraiza, bloqueando-te as prováveis saídas.
Mas há saídas ! Basta querer-se. Isto até pode ser comparável a algum tipo de violência doméstica, sinceramente. O conjugue ciumento e manipulador que afirma: não és para mim, não és para mais ninguém, e trata mal a sua vítima que diz amar profundamente e depois a agride e insulta... seja em que campo for, o comportamento do manipulador é sempre idêntico.
Há coisas que os irritam. Colocar o seu poder à prova, fazer-lhes frente, não alimentar os seus lamentos, mas há que estar preparado caso contrário eles conseguem dar a volta à questão. Por vezes o melhor é apenas não responder, falar o básico, não revelar nada de foro pessoal e aos poucos retomar a independência.
Sei que és capaz.
CUIDADO !
Sim. Tenham muito cuidado. Seja na vossa vida pessoal, escolar, profissional, familiar... Quando temos que lidar diariamente com um(a) manipulador(a), acreditem que qualquer um fraqueja em determinado momento ou situação. Chegamos a pensar que o problema somos nós e mesmos quando estamos firmes basta que o manipulador carregue na emoção que a nossa firmeza abre uma brecha. E por muito pequena que seja essa brecha, é o suficiente para que estejemos nas mãos do manipulador. Imagine-se que no meio do lamento, a pessoa manipuladora pede um abraço para se sentir "amparada" e tu dás - é o triunfo, a vitória, o poder que domina a vítima, por outras palavras: estás feito. No mesmo dia, se for preciso pede-te favores e exige que os cumpras.
Não é fácil. É como respirar um ar poluído. É não ter espaço para evoluir. É sentires-te vigiado. É uma relação doentia de dependência que se estabelece e se enraiza, bloqueando-te as prováveis saídas.
Mas há saídas ! Basta querer-se. Isto até pode ser comparável a algum tipo de violência doméstica, sinceramente. O conjugue ciumento e manipulador que afirma: não és para mim, não és para mais ninguém, e trata mal a sua vítima que diz amar profundamente e depois a agride e insulta... seja em que campo for, o comportamento do manipulador é sempre idêntico.
Há coisas que os irritam. Colocar o seu poder à prova, fazer-lhes frente, não alimentar os seus lamentos, mas há que estar preparado caso contrário eles conseguem dar a volta à questão. Por vezes o melhor é apenas não responder, falar o básico, não revelar nada de foro pessoal e aos poucos retomar a independência.
Sei que és capaz.
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017
Ele há gente que não tem com que se entreter. Gente que pensa que o mundo gira à sua volta. Gente com inseguranças e traumas que não lhes interessa ultrapassar para serem as eternas vítimas, as coitadinhas, as indefesas, as escolhidas para sofrer. Gente tão pouco gente que à mínima situação de confronto levantam as defesas com uma força que tudo derrubam, inclusivamente até quem não está contra. É gente com um mundo pequenino, que se julgam detentores do saber esquecendo que toda a ignorância que possuem pode ser o mundo de outro. Aliás, esta gente nem se acha detentora de ignorância. Tudo sabem, tudo podem, não se pode questionar. São pessoas desconfiadas até da própria sombra e nunca conseguem ser felizes verdadeiramente porque apesar de quererem passar a ideia de uma vida perfeita, são infelizes e invejosos de vidas alheias. E fazem de tudo por se sobrepor para além de não conhecerem a palavra "desculpa" nem o sentimento de arrependimento pois estão sempre certos ! Arranjem com que se entreter, por favor !!! Take a life !
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017
O meu carro está na revisão e hoje fui trabalhar com um carro emprestado um pouco mais potente que o meu. As circunstâncias levaram a que a estrada nacional ficasse de parte sendo a primeira escolha a autoestrada. Sair daquele rangue-rangue habitual dos 60/70km por hora em que não se consegue ultrapassar porque o traço contínuo não deixa, e acelerar numa estrada de 3 vias em que a velocidade pode ultrapassar os 100km/hora muda completamente o inicio de um dia de trabalho para quem faz todos os dias o mesmo caminho. É como na vida quando a rotina se instala. Passamos a fazer sempre o mesmo sem necessidade de alterar o comportamento porque já sabemos como devemos proceder. Quando a perspetiva se abre, quando o cenário muda, somos estimulados a reagir em novas situações. Isto pode fazer a diferença no dia de um indivíduo.
Para mim fez.
Experimentem ir por outro caminho ! Bom dia para vocês !
segunda-feira, 30 de janeiro de 2017
De vez em quando sinto-me cansada.
Cansada de não dominar a Vida e deixar que seja ela a dominar os meus dias.
Mal deixo uma janela entreaberta e lá vem ela senhora do seu nariz apressada como sempre.
Nem me deixa pensar. Nem me deixa questionar.
Vem de braço dado com o vento do Norte e com uma ampulheta debaixo do sovaco, e arrasta os meus dias roubando-me o tempo que guardei para viver.
Nada me pergunta. Impõe-me aquele ritmo e lá vou eu qual robot...
Não Vida, não pode ser, não pode continuar assim.
Tem de haver escolha.
Viver não é ser levado pela vida, não é resolver os conflitos que me ofereces, não é cair-me em cima e ter de suportar o peso.
Viver é poder optar, é evitar os conflitos, é sermos leves, é ter tempo para rir, para não fazer nada e para fazer tudo nesse nada escolhido. É sentir, é amar, é ser simplesmente.
Sinto-me cansada de nada fazer contra essa vida que me domina e faz estar viva.
Mas vou dar-lhe a volta, inventar o meu tempo, ser eu a dominar para que sinta a Vida.
Cansada de não dominar a Vida e deixar que seja ela a dominar os meus dias.
Mal deixo uma janela entreaberta e lá vem ela senhora do seu nariz apressada como sempre.
Nem me deixa pensar. Nem me deixa questionar.
Vem de braço dado com o vento do Norte e com uma ampulheta debaixo do sovaco, e arrasta os meus dias roubando-me o tempo que guardei para viver.
Nada me pergunta. Impõe-me aquele ritmo e lá vou eu qual robot...
Não Vida, não pode ser, não pode continuar assim.
Tem de haver escolha.
Viver não é ser levado pela vida, não é resolver os conflitos que me ofereces, não é cair-me em cima e ter de suportar o peso.
Viver é poder optar, é evitar os conflitos, é sermos leves, é ter tempo para rir, para não fazer nada e para fazer tudo nesse nada escolhido. É sentir, é amar, é ser simplesmente.
Sinto-me cansada de nada fazer contra essa vida que me domina e faz estar viva.
Mas vou dar-lhe a volta, inventar o meu tempo, ser eu a dominar para que sinta a Vida.
terça-feira, 24 de janeiro de 2017
Não sou de acumular sentimentos sejam eles bons ou menos bons.
Se gosto, tenho de dizer que gosto, demonstrar a minha satisfação, a minha gratidão.
Quando não gosto... depende do que não gosto. Às vezes temos de suportar coisas das quais não gostamos. Não gosto da palavra "suportar" pois só por si já exige esforço. E depois, o facto de se ser adulto, impilica já ter passado e ultrapassado uma série de situações que nos ajudam a saber lidar com outras situações idênticas e por isso aguentam-se atitudes que a impulsividade da infância não permitiria. Blá blá blá... farta de palavras a mais.
Estou cada vez mais remetida ao silêncio.
Mas um silêncio crescente que fala por si. Não com palavras. Mas com demonstrações gráficas ou sonoras.
Anda a apetecer-me gritarrrrrr ! Conseguirei gritar através de um desenho ? Conseguirei através desse grito explicar com pormenor tudo o que está confuso cá dentro ? Haverá alguém capaz de ouvir esse grito ?
Vai-se ouvindo, vai-se vendo, vai-se dizendo. Vai-se guardando.
Um dia haverá que...
Se gosto, tenho de dizer que gosto, demonstrar a minha satisfação, a minha gratidão.
Quando não gosto... depende do que não gosto. Às vezes temos de suportar coisas das quais não gostamos. Não gosto da palavra "suportar" pois só por si já exige esforço. E depois, o facto de se ser adulto, impilica já ter passado e ultrapassado uma série de situações que nos ajudam a saber lidar com outras situações idênticas e por isso aguentam-se atitudes que a impulsividade da infância não permitiria. Blá blá blá... farta de palavras a mais.
Estou cada vez mais remetida ao silêncio.
Mas um silêncio crescente que fala por si. Não com palavras. Mas com demonstrações gráficas ou sonoras.
Anda a apetecer-me gritarrrrrr ! Conseguirei gritar através de um desenho ? Conseguirei através desse grito explicar com pormenor tudo o que está confuso cá dentro ? Haverá alguém capaz de ouvir esse grito ?
Vai-se ouvindo, vai-se vendo, vai-se dizendo. Vai-se guardando.
Um dia haverá que...
quinta-feira, 19 de janeiro de 2017
"E se gostamos da experiência que os sentidos e as emoções nos revelam, queremos vivenciar mais dessa experiência em nós, queremos repetir sensações prazerosas e achamos que vivemos essas sensações por causa do outro, esquecendo-nos que somos nós que as sentimos. Esta experiência é nossa, e o outro vive também a sua própria experiência de acordo com a sua vivência passada."
retirado do texto Tenho saudades do que sou quando estou contigo
in
http://aoencontrodosilenciointerior.pt/
quarta-feira, 18 de janeiro de 2017
Tirei um tempo para ti
Para te recordar em mim
Lembrar o toque do teu corpo
Das tuas mãos frias de dedos esguios
Do olhar fixo no meu para mais sentires,
Para melhor saberes o que fazer
Reservei um tempo para viver-te
Respirar o teu ar, sentir o teu cheiro
Poros arrepiados
Desejo crescente
Volto a querer esses lábios molhados
Sugando-me a alma
Volto a ter um tempo para ti.
Tens um tempo para mim ?...
Para te recordar em mim
Lembrar o toque do teu corpo
Das tuas mãos frias de dedos esguios
Do olhar fixo no meu para mais sentires,
Para melhor saberes o que fazer
Reservei um tempo para viver-te
Respirar o teu ar, sentir o teu cheiro
Poros arrepiados
Desejo crescente
Volto a querer esses lábios molhados
Sugando-me a alma
Volto a ter um tempo para ti.
Tens um tempo para mim ?...
segunda-feira, 16 de janeiro de 2017
Procurei ocultar toda a tristeza com um sorriso
Engolia lágrimas durante o dia
Mentia a quem sempre me quis bem
Até a mim, iludida na esperança
como quem sonha...
Mas os golpes foram rasgando
a seda fina desfiou
perdeu o brilho
e hoje remendada, já não entra em desfiles
Sinto cada ponto dos remendos
e a cicatriz fica de recordação
Para sempre.
Engolia lágrimas durante o dia
Mentia a quem sempre me quis bem
Até a mim, iludida na esperança
como quem sonha...
Mas os golpes foram rasgando
a seda fina desfiou
perdeu o brilho
e hoje remendada, já não entra em desfiles
Sinto cada ponto dos remendos
e a cicatriz fica de recordação
Para sempre.
segunda-feira, 9 de janeiro de 2017
O novo ano começou de uma maneira diferente para nós lá em casa.
Antes da meia-noite deixamos em casa um avô (meu pai) com gripe e quase 40 graus de febre e rumámos à cidade para ver o fogo de artifício. (Claro que ficou devidamente acompanhado.) Tanta gente na rua e a fila de carros era tão extensa que pensámos em subir à serra para termos uma vista privilegiada. Não foi preciso pois conseguimos um lugar de estacionamento próximo do lançamento. Um lugar proibido, claro, mas foi só por uns instantes... O dia 1 foi quase igual a tantos outros não fosse a noite desse dia acolher mais uma estrela no firmamento. O anjo da morte que tanto rondou, acabou por levar a (minha) avó. A avó mãe de todos, com um colo onde cabia sempre mais um, com um abraço quente e seguro, com um coração do tamanho do mundo ! A resistente de 9 irmãos, a última das primas, aquela que sem nada ter levou amor a tanta gente, principalmente crianças que amava e sempre me disse que "são o melhor do mundo". Nunca tive ciúmes do que dava aos outros da minha idade, ensinou-me o valor da partilha, "podemos ter pouco mas temos mais se o partilharmos com os outros". Uma avó que será eterna porque foi muito amada e amou muito, e os afetos são eternos. "Minha filha", "rosa branca"... Acho que a avó deve ter sido destacada para a creche dos anjos no céu. A sério. Quase a oiço cantar para eles como fazia para mim "é tão bom ser pequenino...".
E no dia seguinte à despedida, uma das minhas crianças a comemorar mais um aniversário ! É assim a vida. Num dia chora-se muito, no dia seguinte canta-se com alegria. Foi uma semana de contrastes mas de muito sentimento, desafios constantes, um começo de facto diferente.
Cá estamos para um novo ano que acredito seja de muitas oportunidades boas. Espero agarrar algumas.
domingo, 1 de janeiro de 2017
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