Olá ! Parece-me que não escrevo há uma eternidade. E todo e qualquer pedacinho de tempo serve para crescermos, para amadurecermos. É que o planeta está sempre a girar, isto não para, e as coisas acontecem. Há umas que se programam e têm um espaço virtual limitado dentro do qual se podem mover, estender, encolher, Outras há... que nos surpreendem porque apesar de se falar nelas não esperamos verdadeiramente que aconteçam. Estou a falar no plano da saúde. A minha mãe sofreu um avc numa manhã normalmente calma, sem atritos. Chegou de mansinho, baralhou-lhe o sistema nervoso e graças a Deus e ao meu pai foi prontamente socorrida e levada para o hospital, onde ficou durante uns dias até estar bem o suficiente para voltar para casa. Foi duro, chocante, estranho. O medo instalou-se porque o futuro poderá ter mais episódios destes e... mais frequentes e graves. Já recuperou muito, apenas mantém uma certa ponderação a falar e andar sendo que por vezes a sinto ausente ou baralhada com a sucessão de acontecimentos, incluindo confusão com as personagens. Para já o pior já passou. Umas semanas depois aconteceu a minha cirurgia já programada. Correu tudo dentro do esperado embora lá dentro a situação estivesse pior do que aparentava. Sempre fui resistente à dor o que é prejudicial em certas situações. Enfim, estou um bocado dependente... Não consigo conduzir, cortar o meu bife, lavo a cabeça com uma só mão, não lavo roupa sem ser na máquina, para estender inventei uma nova maneira mas não consigo pegar no alguidar... e por aí fora. O ser humano é uma animal de hábitos e habituamo-nos a qualquer nova maneira de fazer as coisas. O braço direito ainda não tem força mas há de ter ! Mas tudo isto levantou muitas questões... as amizades, quem se preocupa verdadeiramente, as diferentes atitudes e reações das pessoas, não só relativamente a mim mas também à minha mãe. Como sempre, avaliamos os outros por nós mesmos. Se quando me dizem que fazem um exame médico em tal dia eu guardo a data para depois saber da pessoa porque me interesso, pensei que fariam assim comigo também. Não. E quando uma amiga soube e contou a outras e me enviaram sms e outro tipo de mensagens, respondi de modo seco. Merd@. Apeteceu-me até... enfim, já passou e controlei-me. Fechei-me, saí completamente de circulação até porque quando não estamos aí para festas nem estamos disponíveis para conduzir há muito amigo que se dissolve algures. Ficamos sem saber nada deles. Não são amigos, são gente conhecida oportunista. Prometi a mim mesma ser para eles como foram para mim, afinal amor com amor se paga ! e não é que não sou capaz ??! Já retive uma data importante para uma "amiga" a quem já transmiti algumas palavras de apoio. Fico irritada comigo mesma. A minha mãe sempre me ensinou a dar a outra face depois de ser esbofeteada mas houve tanto ensinamento que não segui e este ficou-me gravado! E custa-me porque da minha lista de amigos afinal, sobraram três que estão cá no coração. E claro, a minha família chegada que tem sido incansável ! Não quero com estas palavras armar-me em santa porque o que sou mesmo é parva. Quero dizer vos para se preocuparem com quem se preocupa convosco, Para telefonarem ou visitarem em vez de enviarem mensagens. Na voz percebe-se se a pessoa está bem ou não se formos atentos. Na presença não dá para enganar ninguém ! E se realmente se preocupam com quem não está bem, por favor vão ver essa pessoa ! Olhem que fiquei a conhecer muitos dos meus "amigos" nas últimas semanas...
Saúde para todos ! Até breve.
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