segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Cada vez que um filho meu completa mais um ano de vida, recordo tudo de novo.
Recordo os últimos dias de gravidez, as caminhadas para tentar acelerar as contrações (o tempo já terminara!), a urgência de ter tudo pronto, o aguentar o máximo possível em casa (tudo como me tinham ensinado), acreditar numa "hora pequenina" como todos nos desejam, respirar, inspirar, controlar, expirar e decidir qual a hora para sair de casa. Cheguei às 02h30m ao hospital e nada foi como esperado. Não vou cansar ninguém com pormenores mas o bebé só nasceu às 16h19m da tarde seguinte mediante uma cesariana que se quis breve. Não faço dilatação e o bebé que nasceu com quase 4 quilos, tinha o cordão bem enrolado à volta do pescoço. Tinha as extremidades brancas pela falta demorada de liquido amniótico e fez um beicinho maravilhoso ao olhar para mim, depois de ser arrancado ao meu ventre (foi a sensação que tive: arrancaram-me um pedaço!). Teve um índice de Apgar excelente, graças a Deus, e só consegui balbuciar "Tão lindo...!". E lá o foram limpar enquanto era cozida ao som do choro do meu primeiro filho.
Ser mãe de primeira viagem é único. Seja pela emoção, pela novidade, pelas dificuldades, por tudo. E até eu que sempre me senti preparada, houve alturas em que o desespero me dominava pela incapacidade de conseguir corresponder a tudo quanto era exigido, desde amamentar a ter roupa pronta, refeições a horas, já para não falar em quase 4 meses de cólicas... Mas sabem que mais ? Valeu tudo ! Cada dor, cada dúvida, cada choro e cada sorriso, cada susto, cada conquista, tudo contribuiu para que construíssemos uma cumplicidade enorme que ainda hoje (ao fim de 15 anos) cresce e se intensifica de uma forma muito singular, sempre com muito amor.
Estou a recordar tudo hoje outra vez. Sinto-o tão parte de mim... Parece que foi ontem...


Sem comentários:

Enviar um comentário