Como um tronco oco
seco por uma vida de sol
vergado por chuvas e tempestades
qual árvore de sombra densa outrora
folhas verdejantes e vistosas
albergava a passarada ao cair da noite
dançava ao vento tilintando no silêncio
tudo passa
Passa o fulgor da juventude
e o que ontem era incerteza será certo amanhã
o horizonte carregado de memórias
irá aos poucos esquecendo umas para juntar outras
a chuva que virá é sentida ainda com sol
lentamente vai chegando sem pedir licença
sob cãs enganados
bom sinal dirão alguns
nada receies digo eu
as árvores morrem de pé
e nós já demos fruto mas ainda florescemos
Sem comentários:
Enviar um comentário