Tenho em mim as 4 estações. Não é preciso um dia para que se manifestem.
Não há limites, em nada há, pois não ?
Quantas vezes deparo com o inverno nos olhos cheios e perante uns certos olhos de mar o sorriso é inevitável e obrigatório ...
Mas noto que o clima está a mudar. Cade vez menos se manifestam pela ordem habitual e cada vez mais há uma tendência para duas únicas estações: inverno e verão. Pois claro, 8 ou 800 ! Embora num dia de inverno possa haver um sorriso rasgado de verão, ou inversamente uma manhã de verão desabar em chuva de lágrimas. Não é fácil. Tento carregar num botão imaginário que mantenha o clima ameno de primavera de esperança, de renovação, de recomeço... mas preciso do outono, do cair da folha, do desprender, do desapego, de largar o passado.
Ai água do rio, águas calmas do estuário !... Levem-me para o mar, para as águas do oceano que tudo revolta com uma força inesgotável de vencer ! Levantem-se os ventos e criem tempestades ! Que a água leve a sujidade de certas mentes e os ventos ponham de pé novos desafios ! Enfrentemos marés vivas com a coragem dos pescadores que delas dependem ! Que vejamos o precipício para saber escolher a vida !
A bonança vem depois da tempestade.
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