terça-feira, 29 de setembro de 2015

Gosto de pessoas. Fascinam-me. Cada cérebro, um desafio. Cada cabeça, sua sentença. O que se pensa agora pode mudar dentro do mesmo minuto, dependendo das influências, do fio condutor e de tantos outros fatores. Há pessoas flexíveis de pensamento, mentes abertas que se adaptam, que aceitam opiniões contrárias, que chegam mais além porque ouvem pensamentos que completam os seus e formam uma ideia maior e melhor concebida, com mais elementos desconhecidos até então. E depois há um grupo de pessoas teimosas e quadradas, de circuitos fechados, com vértices no lugar de olhos e sem visão lateral. Chega a ser caricato a maneira branda com que lhe expomos determinado assunto, mas como já têm a sua ideia pré-concebida dentro da caixa com aquela medida que não pode mais crescer, se o assunto for maior do que a caixa, morreu !! Não aceitam, não ouvem, não fazem nada, só esbracejam e fazem figura ridícula, só se ouvem a si mesmos. Estas pessoas sendo saudáveis, só merecem o meu esforço até certo ponto. Depois, parto para outra. Não tenho paciência para quem não argumenta de forma válida. Regridem em vez de evoluírem. São individualistas, têm uma necessidade extrema de concordância dos outros em relação à sua pessoa, de mostrar algo fictício para obter estatuto, não aceitam derrota ou qualquer erro que lhes seja apontado, invertem o sentido e vitimizam-se culpabilizando terceiros pelos seus próprios erros. E acabam por sofrer verdadeiramente porque vivem em permanente luta contra o mundo que lhes parece sempre contra si. O mundo é o mesmo para todos, mas somos todos diferentes embora todos iguais.

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