quarta-feira, 30 de setembro de 2015



I thought I could fly with you
but your wings are not the same
can you dance that music
or just sing it to me?
I know you're tired
You fight every day for a long time
Nobody seems to care
the pain you feel
but we care
I understand because I know you
you pray for a better life
even life to be with the Lord
you're waiting your turn
Please do not go yet
stay a little, hug me again
your hug brings me peace
you will always be in my mind
helping my heartbeat
to love everyone as you did
makes me a better person
with no evil within
let me be as you are
Miss you Much...
Nespresso... what else ?

O começo de um novo dia pode condicionar a nossa maneira estar no decorrer do mesmo.



terça-feira, 29 de setembro de 2015

As praxes preocupam-me. Revoltam-me até. Gostei de ser praxada no meu tempo pois foi um ato correto, negociado, que não me prejudicou em nada. Como o curso era diurno e a meio da manhã tinha de sair para o emprego (perdendo o resto das aulas), consegui que não me pintassem nem interferissem com o horário laboral e sempre que entrava na universidade, colocava um letreiro ao pescoço que me identificava como caloira numas palavras menos felizes.
Não sei de facto o que a maioria destes estudantes que praticam praxes violentas entendem por "ser estudante universitário". A meu ver, um estudante universitário, é uma pessoa que trabalhou, que se esforçou para atingir um objectivo, que tem capacidade para aprender e quer fazê-lo para que tenha um futuro melhor, mais desafogado. A entrada nesta nova fase deve ser um momento feliz a recordar por bons motivos. Não entendo, não consigo compreender, que estes jovens que serão o futuro da nação consigam praticar praxes a futuros colegas, assentando numa base de álcool e humilhação, colocando em risco a integridade do seu semelhante. Como se é capaz de pedir a alguém de 17/18 anos que cave um buraco onde será enterrado (até ao pescoço) ?? Para que se obriga alguém que não bebe álcool a ingerir bebida que o contenha ? Não terão noção das consequências ? Por amor da santa... ! depois de tantas histórias que já vieram ao conhecimento público... como é que uma mãe fica descansada ao saber que o filho vai ao encontro de uma situação de risco ?
Mas felizmente há locais que já fazem praxes de louvar. Ainda  há pouco tive conhecimento de um grupo de caloiros que foram apanhar batata num campo onde a máquina passara e, naturalmente, muita batata fica para trás por ter medidas inferiores ao calibre estabelecido. As toneladas que conseguiram juntar foram encaminhadas para o Banco Alimentar (ler a noticia). Outros, andaram a pintar uma igreja que precisava de recuperação. Isto sim, são praxes como deviam de ser todas, ajudam quem precisa, aprendem o valor da solidariedade, ninguém sai prejudicado e ficam com uma história diferente para contar.
Os nossos jovens têm falta de hábitos saudáveis. Pois. E de exemplos saudáveis também. Tudo tem influência no comportamento e na lucidez com que se opta por certas atitudes. Responsabilidade precisa-se.
Gosto de pessoas. Fascinam-me. Cada cérebro, um desafio. Cada cabeça, sua sentença. O que se pensa agora pode mudar dentro do mesmo minuto, dependendo das influências, do fio condutor e de tantos outros fatores. Há pessoas flexíveis de pensamento, mentes abertas que se adaptam, que aceitam opiniões contrárias, que chegam mais além porque ouvem pensamentos que completam os seus e formam uma ideia maior e melhor concebida, com mais elementos desconhecidos até então. E depois há um grupo de pessoas teimosas e quadradas, de circuitos fechados, com vértices no lugar de olhos e sem visão lateral. Chega a ser caricato a maneira branda com que lhe expomos determinado assunto, mas como já têm a sua ideia pré-concebida dentro da caixa com aquela medida que não pode mais crescer, se o assunto for maior do que a caixa, morreu !! Não aceitam, não ouvem, não fazem nada, só esbracejam e fazem figura ridícula, só se ouvem a si mesmos. Estas pessoas sendo saudáveis, só merecem o meu esforço até certo ponto. Depois, parto para outra. Não tenho paciência para quem não argumenta de forma válida. Regridem em vez de evoluírem. São individualistas, têm uma necessidade extrema de concordância dos outros em relação à sua pessoa, de mostrar algo fictício para obter estatuto, não aceitam derrota ou qualquer erro que lhes seja apontado, invertem o sentido e vitimizam-se culpabilizando terceiros pelos seus próprios erros. E acabam por sofrer verdadeiramente porque vivem em permanente luta contra o mundo que lhes parece sempre contra si. O mundo é o mesmo para todos, mas somos todos diferentes embora todos iguais.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Inventar atividades para ocupar o fim de semana ou simplesmente aproveitar as existentes nas vilas vizinhas, areja-nos a cabeça e na maior parte das vezes faz-nos sentir o verdadeiro peso de segunda-feira... É frequente os meus amigos não compreenderem porque prefiro a quietude do lar à barafunda das saídas noturnas. Sou uma pessoa diurna que gosta de se levantar pelas sete da manhã, tendo de dormir cerca de oito horas para que funcione razoavelmente bem dentro das minhas capacidades. Nesses encontros o que sobressai é a amizade, as conversas (quando nos conseguimos ouvir...), rever quem não se vê há algum tempo. Tudo o resto é treta. Que me interessa a mim "quem andou com quem" e outros assuntos que não me dizem respeito ? E o ambiente frequentemente adensado pelo fumo de tabaco e saturado de olhares esfomeados cansa-me a beleza,  (eh, eh, eh). E assim, prefiro a renovação de terra nos vasos do quintal lá de casa, um trabalho na máquina de costura cuja cadência da roda me isola de cobiças, umas horas de pintura que me enchem a alma de sonhos, um passeio com a cadela para ouvir os pássaros, ou assistir a algo na televisão em família, ou ir para a cozinha fazer bolachas com os miúdos, ... há tanta coisa para e por fazer ! Este fim de semana que passou foi cheio, foi bom, por isso a segunda feira está pesada, chata, difícil, com sono e meio desorganizada. É que para se estar na eira não se está na ribeira, não é ? Vejam um pouco do que vi em Moura, Alentejo.





E no meio de tanto calor, descobri um cantinho tão fresco...


O fim de semana terminou com um excelente jantar à luz da lua cheia mas a tarde foi passada entre gentes de outros tempos...



Gosto muito de estar com amigos, mas aproveitar a família é para mim fundamental. Gosto de sair, de passear mas a minha casa é o meu refúgio e gosto muito desse aconchego que me acalma e dá alento.

domingo, 27 de setembro de 2015

Bela em qualquer ângulo, a nossa Sagres !


Já a visitei várias vezes e sempre me deslumbra. O brio e simpatia da tripulação, a limpeza, a organização. Admiro muito quem se faz ao mar. Por muitas razões.


Linda, até de noite !


sexta-feira, 25 de setembro de 2015

A grande caminhada da Vida XII



Alice acordou depois de um sonho e respirou de alívio. Pela primeira vez consegue saber um nome. Sem saber explicar como ou porquê, Alice perguntou-lhe como se chamava. E ele respondeu: "Vitor". E foi a partir desse momento que ela controlou o rumo do sonho e conseguiu sair ilesa e acordar. Foi preciso tocar-lhe no coração, foi preciso recordá-lo de algum sentimento para que agisse humanamente e repensasse as suas atitudes. Vitor apenas estava carente e com problemas, precisava de atenção mas no sonho de Alice não escolheu a melhor maneira para a cativar. De repente o cenário fechou-se quando o encontro ocasional se deu. O desespero de Vitor por alguém que o escutasse traduziu-se na força com que segurou o braço de Alice. Assustada implorou que a largasse, sentindo-se encurralada ao mesmo tempo que soltava gritos inaudíveis. Perguntou-lhe o nome e isso bastou para que caísse na realidade. Felizmente Alice teve poder suficiente no subconsciente para alterar a situação e conduzir Vitor para um lugar seguro onde pudessem conversar. Alice acordou sem saber o que o atormentava. Anseia agora pela hora do sono.

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Como ?
Como se esquece um sorriso, um suspiro
Como se apaga um gesto
Como se dilui na memória o que não se partilhou com mais ninguém
... a não ser contigo.
Deixando passar o tempo ?
Ignorando ?
Negando tudo ?
Mentira sobre mentira
Sorriso sobre lágrima
Não !
Guardado no coração
Para sempre.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015



A vida é feita de alternativas.
Não podemos estar presos a nada porque de um momento para o outro tudo pode mudar. O caso mais óbvio, é a morte. Basta estar vivo. A morte faz parte da vida, é o fim de um estado e devíamos aceitar isso como aceitamos o nascimento. Mas enfim, isto de ser humano e criar afetos tem destas coisas. Mas nada é igual permanentemente pelo que não é natural acomodarmo-nos a qualquer situação que seja. Vamos para o emprego em viatura própria todos os dias, por exemplo. Tudo corre bem, todos os dias conduzimos no mesmo sentido. Mas de certeza que não vamos sempre à mesma velocidade, cruzamo-nos com outros carros diferentes todos os dias, e eventualmente o carro pode avariar ou ter um furo, ou um acidente até. Quero dizer que temos de colocar a hipótese de ser diferente para que quando algo se alterar não se ser surpreendido mais do que a conta. Ter tudo como certo, com certezas, não só é impossível como errado. Para além disso, é importante ter um plano B para tudo. É um erro escrever apenas com a mão direita ! Em tantos anos de vida não conseguirei educar a mão esquerda para que tenha uma caligrafia percetível ? É que a meu ver, que procuro aprender matérias em diversas áreas, estimular o cérebro nunca fez mal a ninguém. E a satisfação de conseguirmos atingir objetivos que antes eram inatingíveis faz muito bem à auto-estima. Ser capaz. Empenho. Motivação. Obter resultados. Servir, sentir-se útil. Na realidade social que hoje vivemos, nomeadamente a nível de empregos, acho que a formação neste sentido seria proveitosa. Há locais onde não se verifica a rotação de tarefas e os indivíduos acabam por criar vícios na maneira como desempenham a sua função, ao mesmo tempo que se acomodam. É preciso despertar os sentidos ! É pertinente alternar com outras funções nem que seja fora do habitual emprego. E não esquecer que o emprego é coisa rara e preciosa ! Também aqui é preciso criar um plano B... Stressar não ajuda. O que ajuda é pensar positivo, estar pronto para a mudança, apto para trabalhar, fazer coisas diferentes ou fazer as mesmas de outra forma, aprender, aceitar, questionar, colocar dúvidas, saber ouvir, saber falar e viver o presente. Sem medo. Se a vida te der limões faz uma limonada, mas coloca açucar para não fazeres uma careta ao beber. :)

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Que venha o Outono !

O verão que hoje se despede, é o mesmo que com atrevimento despiu corpos invadidos pelo seu calor, sedento de marcar com os seus raios a pele branca de corpos trabalhos na estação fria. Cansado, hoje permite partilhar o dia com vento fresco para que o outono seja recebido com folhas previamente secas que ao cair tenham o efeito de confetis dourados. As formigas já são menos nos caminhos adivinhando a época de resguardo e aconchego. As manhãs e as noites estão mais frescas. Brevemente as chamas na lareira contribuirão para aquecer o ambiente enquanto as gotas de chuva escorrem pelo vidro da janela. E a patuda mais linda do bairro, pedirá com gemidos ternurentos para usufruir desse calor familiar com cheiro a crepes acabados de fazer, com doce.
Que neste outono, saibamos largar o que não nos faz falta, (tal como a árvore que larga a folha abrindo possibilidade à renovação na primavera).


Resultado de imagem para por do sol

Aquele pôr do sol ardente
vermelho no horizonte
trouxe memórias ao presente
parou o tempo no mundo
Tanto se perdeu em palavras escritas
quando o silêncio na presença viva
era tudo o que seria necessário
Falariam os corpos
gritariam os sentidos
e pele na pele
surgiria o amor
Proíba-se o contato virtual !
O tom de voz
a mensagem de um olhar
duas mãos que se entrelaçam
um sorriso sincero
um abraço sentido
Dar de mim, receber de ti.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Resultado de imagem para regresso as aulasEm cada recomeço de outro ano lectivo, em cada regresso à tão desejada rotina para que a liberdade permitida durante as férias seja mais limitada e menos permissiva, a única coisa que se mantém é precisamente o acto de retomar uma rotina, pois até mesmo a rotina difere da do ano anterior. Os horários diferem e são reajustados muitas vezes, alguns dos professores mantêm-se e outros são novos. O material escolar tem um colorido diferente porque é novo na sua maior parte (para quem ainda pode) e é ver os mais pequenos a mostrar uns aos outros o que têm de novo. Outros mantêm-se quietos no seu canto, mais visível com o género feminino quando nada têm de novo a mostrar ou ostentam indumentária menos actual que o grupo mais popular. E isto é perfeitamente apreciável nas crianças do primeiro ciclo ! Mas, retomando o que me fez começar este texto, as alterações são muitas sobretudo no desenvolvimento das crianças. De ano para ano, neste regresso obrigatório e feliz, dou por mim nostálgica a recordar os anos para trás em cada recomeço de aulas. Tantas fases já passamos e tantas que virão, se Deus quiser. Estamos neste momento em fases muito importantes na vida. Fases difíceis, desafiantes mas igualmente maravilhosas por todas as transformações que operam em nós e nos preparam para o futuro. Cá estamos, de braços abertos com muito carinho e sobretudo de mente aberta para conseguir clarificar o que for preciso. Um óptimo ano lectivo para todos !

domingo, 20 de setembro de 2015

É frequente quando vamos comprar uma lembrança para mais um bebé que nasceu, acharmos tudo demasiado caro (mas às vezes não é !). E então decidimos fazer nós mesmos a lembrança ! E compramos tudo, fralda, bordado inglês, fita de seda, bordamos o ponto de cruz... E sem contar com o trabalho, fica uns cinco euros mais barato que na loja. Pois. Mas o prazer de ter feito esta fralda, ninguém me o tira ! Espero que a mãe do João Pedro goste porque eu adorei estar entretida na costura. :)


sexta-feira, 18 de setembro de 2015

São os pequenos prazeres que tornam a vida mais doce...








Às vezes é bom não aparecer, para saber quem nos procura.
Não é esconder, é não expor, não evidenciar.
Saber quem se interessa por nós e a que nível.
Há sempre surpresas... reduções e ampliações.
Novas verdades. Felizmente.
Quando ao ler as notícias do dia deparo com títulos que põem em causa os valores, crenças e liberdade das pessoas em determinadas situações inofensivas a terceiros, faz-me pensar muito. Irrita-me. Dá-me uma certa revolta.
Como é que uma professora universitária se recusa a dar uma aula de Direito porque na audiência tem três alunas com véu sobre a cabeça (hijab). Aconteceu em França, perto de Paris, num local onde o uso de véu é permitido. E a senhora professora, que acabou por dar a suposta aula embora sem a presença das referidas alunas, justificou o acto como sendo feminista (?) e considera o véu um símbolo de submissão. E com este acto chamado por si de feminista (para mim é discriminação), nega o acesso a uma aula provavelmente com informação pertinente a três alunas, porque têm crenças diferentes da sua. Uma professora universitária. De Direito.
Depois temos também o caso de A.R. Rahman, vencedor de dois Óscares pela banda sonora de Quem Quer Ser Bilionário. Apelidado de "Mozart da India", este compositor ofendeu um grupo islâmico indiano com o seu novo projeto musical. Rahman pede desculpa e diz que apenas fez a música, não o filme que é sobre o Profeta Muhammad. Como o próprio afirmou: "A minha decisão de compor a música para este filme foi tomada de boa-fé e sem intenção de ofender. E se eu deparasse com Alá e ele me dissesse no Dia do Julgamento "Dei-te fé, talento, dinheiro, fama e saúde... porque é que não fizeste a música para o filme do meu querido Muhammad? Um filme cuja intenção é unir a humanidade, limpar preconceitos e espalhar a minha mensagem de que a vida se baseia na bondade e não em matar, sem piedade, inocentes em meu nome".

Há momentos em que penso que estou enganada e não vivo no séc. XXI. Embora noutro registo, parece que voltamos à Inquisição, à perseguição, a apontar hereges, a mandar para a fogueira...


quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Ela sabe. Ela percebe. Ela sente.
Quando chego a casa sozinha ela sabe que todas as atenções serão para ela na meia hora seguinte (pelo menos). Põe as orelhas para trás e mostrando os dentes como que sorrindo, dá saltos atingindo a altura dos meus ombros (estou toda arranhada). Não cabe em si de contente ! Beija-me constantemente com aquela língua cor de rosa enquanto tento calçar os ténis e atar os cordões, chegando a deitar a cabeça nos meus pés. Quando finalmente lhe coloco todos os apetrechos capazes de segurar a sua força canina, saímos a rua e ela, pata ante pata, de cabeça baixa formando uma linha recta no dorso parecendo que vai à caça, olha para trás à espera de ouvir "vamos Cookie !".


terça-feira, 15 de setembro de 2015

Não me interessa o que muitas mulheres me (contra)dizem quando lhes transmito o quanto adoro estar em casa.  A D O R O ! A primeira vez que enfrentei algumas, foi quando ao regressar ao trabalho profissional depois da licença de maternidade do primeiro filho me diziam: "Já devias de estar farta de estar em casa ! Fraldas, sopas, roupa ! Ufa ! Faz tanta falta o trabalho fora de casa para desanuviar...!" Numa coisa concordo. É bom ter actividades fora de casa para conhecer outras pessoas e outros hábitos. Mas para mim não há coisa melhor que estar em casa e sim, ir fazendo todo o trabalho de casa ao longo do dia. Só assim acompanho os meus filhos verdadeiramente e só assim posso criar outras coisas e situações muitas vezes difíceis de conjugar com a profissão fora de casa.
Hoje fizemos umas carteirinhas em feltro. E à tarde, vamos observar coisas através da lente do microscópio (temos uma mini osga !!) Como é que alguém se pode fartar de estar em casa, no seu canto, com quem mais se ama no mundo ?


sábado, 12 de setembro de 2015

Agora  que já acabei a minha primeira obra sinto a satisfação de ter cumprido um objetivo. Não gosto de coisas em aberto na vida.  Se alguma fica para trás acidentalmente, acabo por lá voltar e fechar o ciclo. É bom fechar, acabar, resolver, findar. Principalmente porque sabemos que o passo seguinte é o desafio de começar algo novo. E como tal, já tenho o esboço no papel, outros materiais, outro estilo para diferenciar e como que refrescar o caminho pelas diferentes tonalidades a esbater com a ponta dos dedos, naquelas tais horas em que deixo o espírito expressar-se... no meu verdadeiro "eu".

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

A Natureza dá-nos tanto ! Não acredito que haja alguém que não se fascine com a proximidade da Natureza e de todos os seus seres. Reparem que a tranquilidade, a paz, a serenidade que frequentemente se procura, encontra-se precisamente junto das coisas mais simples como o "silêncio" da Natureza, que nunca dorme. Ou seja, o que procuramos é a re-integração de nós mesmos a um mundo ao qual pertencemos porque esse silêncio é o que permite ouvir o bater do coração. É encontrarmos a nossa essência e reconhecer que o bem estar é uma opção que está mesmo ali ao lado.



Retroceder no tempo e explicar a evolução de certos hábitos aos mais novos, é outro desafio que incita a partilha de conhecimentos e nos satisfaz quando quem ouve presta atenção e aprende.



E um pouco de História... faz sempre bem !




Onde dormia Sua Alteza Real, D. João V


Estes, são dias de muita união, muitas gargalhadas, de muitas certezas, porque se está disposto a aprender, porque se abre os braços ao amor.


quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Delicio-me neste preciso momento com uma chávena de chá quente, uma mistura de cavalinha com dente de leão que fiz para combater a retenção de líquidos. Não deixa de ter graça. Comecei o dia acelerada e tomei um café, receando um pouco pelo dia a decorrer. Acabo o dia com um chá de ervas, calmante q.b., apaziguador de algo menos bom. Mas apesar de tudo, a maturidade ajudou-me a controlar a impaciência natural e o dia foi melhorando de forma crescente até à noite. Amanhã será um dia luminoso e sem stress, um dia inventado e novo para viver, com situações diferentes e bonitas que pensei já há um tempo atrás... Vai saber bem :)

quarta-feira, 9 de setembro de 2015


A mudança dos nossos hábitos está em nós. Somos nós que decidimos o que alterar e quando o fazer. Na realidade, não tenho grande paciência para lentamente alterar algo, de forma progressiva. Gosto de o fazer como um corte. Sempre foi de determinada forma e a partir de um certo momento vai ser de outra ! Assim, sem indecisões. Mas há sempre "os outros". Alguns bem perto de nós. E por respeito, lá vamos anulando vontades próprias para manter a tranquilidade aparente, aquela inércia doentia que não deve ser abalada por nada. Café curto sff, para que os pensamentos não se alonguem muito...



terça-feira, 8 de setembro de 2015

A verdade. Unicamente a verdade. Pura, nua, crua. É assim que tenho praticado e não me arrependo. Quando os meus filhos me perguntam a explicação de algo, não estou com floreados ou a dizer uma coisa pensando noutra, ou a dar-lhes uma explicação incompleta sabendo eu do que se trata. E quando não sei explicar, simplesmente digo isso e juntos procuramos a resposta. Se não fosse essa base de verdade não havia tanta confiança e certezas entre nós. Hoje tive mais uma confirmação disso mesmo.
Depois de detetarmos um pequeno problema em casa, disse-lhe que não o conseguiria resolver sem ajuda. Não menti. Expliquei que só poderia ser resolvido no hospital, com anestesia, na pequena cirurgia e que eu estaria lá com ela - não havia portanto nada a temer, (pois mãe é mãe e capaz de defender as suas crias da mais temível agulha !) Assim foi. Naquele momento em que deitada me pede que as minhas mãos segurem as dela enquanto me olha nos olhos procurando toda a confiança necessária, tive a certeza de estar a fazer um bom trabalho pois até a ser anestesiada (sempre imóvel) manteve o sorriso enquanto dizia "dói..."
Tenho a certeza de que estou a criar uma grande Mulher !


segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Tenho em mim as 4 estações. Não é preciso um dia para que se manifestem. 
Não há limites, em nada há, pois não ?
Quantas vezes deparo com o inverno nos olhos cheios e perante uns certos olhos de mar o sorriso é inevitável e obrigatório ...
Mas noto que o clima está a mudar. Cade vez menos se manifestam pela ordem habitual e cada vez mais há uma tendência para duas únicas estações: inverno e verão. Pois claro, 8 ou 800 ! Embora num dia de inverno possa haver um sorriso rasgado de verão, ou inversamente uma manhã de verão desabar em chuva de lágrimas. Não é fácil. Tento carregar num botão imaginário que mantenha o clima ameno de primavera de esperança, de renovação, de recomeço... mas preciso do outono, do cair da folha, do desprender, do desapego, de largar o passado.


Ai água do rio, águas calmas do estuário !... Levem-me para o mar, para as águas do oceano que tudo revolta com uma força inesgotável de vencer ! Levantem-se os ventos e criem tempestades ! Que a água leve a sujidade de certas mentes e os ventos ponham de pé novos desafios ! Enfrentemos marés vivas com a coragem dos pescadores que delas dependem ! Que vejamos o precipício para saber escolher a vida !
A bonança vem depois da tempestade.

domingo, 6 de setembro de 2015

Sem sombra, só.

Bem me quer
Mal me quer
Muito pouco ou nada
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Bem me quer
Mal me conhece
Pouco e nada de nada

Bem me quer
Mal me responde
Implica por tudo e por nada

Bem me quer
Mal me beija
Faço mal tudo e nada




Felicitaram-me por um trabalho que estou a acabar. Senti-me lisonjeada, vaidosa, orgulhosa. Olho para o resultado e fico satisfeita porque atingi aquilo a que me propus perante as reticências de alguns. É isso que me faz querer ir mais além tentando superar-me cada vez mais. Mas quem olha não sei se consegue ver tudo... O poder de alhear-me quase completamente da realidade, conseguir "separar o trigo do joio", é a única maneira de conseguir alienar a alma e num estado de serenidade praticamente absoluta transcender-me e deixar fluir. Resultado: uma obra com alma.



(desculpem não mostrar o retrato completo)

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

O que se faz quando se perde o chão ?
Quando tudo o que era certeza, desmorona
Para onde se vai quando o vazio preenche o peito
Que perguntar quando não há respostas
Os olhos procuram
as mãos não encontram
Há um fogo a queimar desvairado
que o vento louco incentiva e a chuva contraria
luto anunciado que não se cumpre
brota vida no meio das cinzas
a viagem continua, qual condutor vendado
caminhos agrestes por desbravar
tristes trevas mascaradas de enganos
suspeitas ilusões assentes em mentiras
surpresas serão poucas...

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

E é assim. Quando a alma não está tranquila, não está bem, canalizo toda a frustração para o trabalho artesanal, para a arte feita com as mãos. A desilusão sai pelas extremidades e transforma-se em algo de belo e/ou útil. E enquanto as mãos trabalham e desembaraçam a corda dando-lhe forma, a cabeça matuta e desembaraça pensamentos dando-lhe ordem.


Resultado de imagem para mais um dia


Sabe bem sair à rua bem cedinho e ainda sentir a frescura da noite que acalma a agitação do dia. Poder ouvir o acordar do dia com os pássaros chilreando, encontrar as ruas vazias com as luzes acesas e mesmo ali ao lado uma estrada que nunca dorme. Mais um dia a acordar, mais um dia para viver e aproveitar cada minuto, mais uma oportunidade de ser feliz. Obrigada.


quarta-feira, 2 de setembro de 2015



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Já é setembro outra vez
cada folha que cai é uma recordação boa deste mês, em anos diferentes
as menos boas são as que não caiem
a canção diz "foi em Setembro que te conheci"
foi muito mais que isso...






Recordar é viver (Vitor Espadinha)

Foi em setembro que te conheci
Trazias nos olhos a luz de Maio,
Nas mãos o calor de Agosto e um sorriso
Um sorriso tão grande que nunca tinha encontrado
Ouve, vamos ver o mar...
Foste o 30 de fevereiro de um ano que inventaram
Falamos, falamos coisas boas e acabamos, em silêncio,
Por unir as nossas bocas e eu aprendi a amar

Sim eu sei que tudo são recordações
Sim eu sei é triste viver de ilusões
Mas tu foste a mais linda história de amor
Que um dia me aconteceu e recordar é viver
Só tu e eu

Foi em Novembro que partiste
Levavas nos olhos as chuvas de Março
E nas mãos um mês frio de Janeiro
Lembro-me que me disseste que o meu corpo tremia
E eu que queria ser forte, respondi que tinha frio
Falei-te do vento norte
Não me digas adeus, quem sabe talvez um dia...
Como eu tremia de inverno, amei como nunca amei
Fui louco? Não sei, talvez! Mas por pouco, muito pouco,
Eu voltaria a ser louco com o amor de ti e o tremer

Sim eu sei que tudo são recordações
Sim eu sei é triste viver de ilusões
Mas tu foste a mais linda historia de amor
Que um dia me aconteceu e recordar é viver
Só tu e eu (3x)
Algumas das minhas amigas que foram mães por volta dos 20 anos (eu tardei a sê-lo comparando com elas) começam agora a nova fase de serem avós. Se por um lado tiveram a hipótese de serem muito próximas dos filhos por serem mães jovens (a minhã mãe também o foi), agora são umas avós também jovens, ágeis e bonitas. Se por uma lado ainda trabalham e não têm tanto tempo disponível como tinham as avós de antigamente, por outro lado têm outras coisas favoráveis como a carta de condução e um carro, liberdade que outrora era escassa (se a minha avó tivesse tido a carta e um carro...!). Deve ser das coisas mais fixes para uma avó bem humorada, levar os netos a passear de carro, cantando pelo caminho e fazendo umas loucuras próprias de avós com netos, permitindo pequenos delitos sem consequências como só sendo avó se pode permitir ! Que bom o colo da avó, aqueles beijos sem pressa, o peito fofo capaz de consolar qualquer rosto cujo sorriso é ameaçado por uma lágrima, a pele madura onde nos sentimos confortáveis, o abraço que nos dá segurança ! E aquele cheirinho das tardes de bolos e compotas, café quente ou pão acabado de fazer ! Ou a vez que fingimos dormir e a avó nos aconchega com a delicada mantinha só usada por nós ! Oxalá venha a ser uma avó completamente disponível e ativa o suficiente quando chegar a minha vez (se chegar). Ter a sala com netos à mesa, seja a comer seja a fazer qualquer trabalho manual, proporcionar-lhes experiências únicas que os pais não têm tempo nem paciência, tomar conta deles desde pequeninos (mesmo que aos 3 anos vão para a creche para desenvolver outras características)... haverá coisa melhor ? Voltar a ser mãe ao ser avó ! é um luxo ! Por estas razões, fico um bocadinho bloqueada quando verifico que tenho amigas que não referem a palavra "neto(a)", embora tenham orgulho em apresentar a cria do filho(a). Faz-me confusão ouvir, "quem os fez que os ature" quando até quem profere tamanha aberração entregou os seus a alguém para criar. Compreendo até que queiram de alguma forma usufruir de uma suposta liberdade de tempo que nunca tiveram. Mas afinal, estamos cá para quê se não para ajudarmos os que precisam de nós ? Os filhos dos meus filhos, meus filhos serão com um sabor muiiito especial: serem meus netos.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

A grande caminhada da Vida XI

No banco só e abandonado, Alice acomodou-se para calorosamente atender aos seus desabafos. Tantas vezes aquele banco acolhera o Amor e agora ali secava a sua madeira sem brilho, já quebradiça. Alice percebera o murmúrio em que se lastimava e decifrou a saudade. Saudade de um tempo em que esse banco recebia sentimentos sublimes, ouvindo promessas, guardando segredos. Quantas vezes por meio de discussões infundadas detetava desejo, sentindo o calor que emanava dos corpos, para logo a seguir se entregarem numa mistura de energias. Agora que já não brilhava, não queria mais amantes sobre si, bastava-lhe ser o amparo de alguns que como ele precisavam de descanso. Mas ainda assim, um casal de pássaros pousou em si trocando mimos.Alice levantou-se discretamente e seguiu o seu destino pensando " o amor prevalece sempre".


Todos os dias falamos com pessoas muito diversas. Relacionamo-nos com todo o tipo de pessoas. Seja por criação, educação, formação, profissão, não há uma pessoa igual a outra. Nem nós sabemos a influência que temos na vida das pessoas que se cruzam connosco, nem essas pessoas sabem o que nos influenciam diariamente. Há pessoas que são uma referência para nós, um modelo, um exemplo que adotamos para seguir, para imitar em alguns aspectos. Outros, façam o que fizerem, servem para sabermos que não os queremos imitar em nada. Há outros ainda, a quem somos indiferentes até um determinado dia e que por qualquer razão nos despertam o interesse. Essas pessoas, embora habitualmente tenhamos pouco conhecimento delas, por vezes tornam-se num marco nas nossas vidas. Ocupam um determinado período de tempo nas nossas memórias como se mais nada importasse nesse curto espaço de tempo. E assim ficam referenciadas adquirindo um estatuto provavelmente imerecido, mas que sem querermos, nos condiciona muitas decisões que se tornam permanentes apenas por termos conhecido essas mesmas pessoas. A mente humana é complicada e frequentemente inexplicável. Ou não...