domingo, 29 de dezembro de 2019

Para mim acabou.
Acabou tudo o que ficou para trás.
Ficaste tu, fiquei eu, ficou o que nos juntava e não voltará a juntar.
E fica este pseudo blog também e grande parte de memorias de momentos que me marcaram.
Andei sempre para a frente e agora ainda mais.
Decidi cortar radicalmente com certas coisas do passado pois preparo um futuro diferente.
Mudança.
Há que mudar quando não se está satisfeito.
Sou mulher de grandes decisões. Decisões estudadas, avaliadas em várias perspectivas até que chega o momento da decisão final.
Esse momento não é um momento, é um período de transição no tempo e está já a decorrer há uns dias.
Final de ano, final de década... Novo ano, nova década, novas oportunidades, novo rumo!
Novidades me esperam, desafios pessoais diários, adaptação a uma realidade diferente de tudo o que conheci...
Fim de ano, fim do blog.
Quem escreve, escreve para quem lê. Comunicação só existe quando a mensagem chega ao destinatário. Não havendo feed-back... não faz sentido continuar.
Fiquem bem, tenham um ótimo 2020 e seguintes !
Sejam felizes !

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

A vida é um projeto
um traçar e apagar de riscos
uma correção constante sem certeza da obra final

é um misto de emocões
um acumular de experiências que por vezes de nada servem
é uma tentativa constante de melhorar

por vezes preferimos os erros
a imperfeição
e sorrimos porque nos espelham

menos é mais
A felicidade faz-se com pouco
e torna-se tudo




sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Olá.
Há tanto tempo... pois é, a vida gasta-se num instante que passa sem darmos por ele ! Assim é o tempo que não chega para tudo. Tudo o que pensamos fazer, tudo o que nos vai nos pensamentos só cabe mesmo aí, nos pensamentos. E a cabeça não tem descanso nunca. Não, nem a dormir. Muitas vezes a dormir até se tomam boas decisões. Já me aconteceu. Mas neste momento nem a dormir tomo decisões, porque nem sonho ou se sonho não me lembro. E durante o dia todo o tipo de coisas me passa pela cabeça, esteja ocupada ou não a fazer algo. E acho que devo escrever sobre determinada ideia mas logo vem outra a seguir. E depois acho que são pensamentos impróprios para consumo imediato ou que são muito "fora da caixa" e que será melhor guardá-los para mim, para logo a seguir me rir desses mesmos pensamentos e dessa auto-avaliação. Neste preciso momento estou a ouvir música dos anos 70 através de headphones em altos berros para não ouvir nada do que se passa à minha volta. Estou farta desta gente que me rodeia. E hoje até é sexta-feira. O dinheiro está escasso. Os amores não abundam. Mas o tempo outonal que prevê a chuva está a deixar em mim um estado de alma apaixonada. Falta-me a boa companhia para um daqueles almoços regado com um bom branco a acompanhar um peixinho à maneira. Ao contrário, vou optar por um almocinho bem leve, uma caminhada e uma leitura no fim. Quase a mesma coisa. Fisicamente, é capaz de dar a mesma satisfação química. E rio-me disto tudo, porque gosto de rir, sou adepta da boa disposição, da gargalhada, de levar a vida com optimismo, se a vida me dá limões pois outros que bebam a limonada que eu aproveito para fazer um bolinho bem doce e um cházinho aconhegante ! Vejo tanta coisa triste, tanta vida errante e levada com sacrifício, tanta injustiça, tanta falta de amor... Tenho dias que fico quase doente, incomodada, magoada com a sociedade actual, levo para casa os problemas de quem não conheço mas que me emocionam, me tocam. E revolto-me e choro. Depois passa. E como que crio um mundo à minha medida, cheio de fantasia e coisas boas, quase uma bolha, um campo de proteção na medida do possível, e recuso-me a fazer parte deste sistema social corrupto e nojento. Desligo. Desligo da "aldeia global". Isolo-me. Mas o quotidiano está de tal forma viciado que sei que mais tarde ou mais cedo, se quiser manter os laços afetivos/sociais com os demais vou ter de ligar-me à civilização. Quem não aparece, esquece. E acrescento, quem não é amigo, é substituído. E ao mesmo tempo nada disto me parece estranho. Compreendo cada vez mais aquelas pessoas com mais idade que dizem não ter nada a perder, que ganham coragem para uma série de coisas sem se importarem minimamente com o que os outros possam pensar ou dizer. Estou a entrar nesse comboio. Até ao meu regresso. Ou ao vosso.



domingo, 21 de julho de 2019

É domingo. Ontem foi um dia feliz, aliás, como tantos outros. Mas o de ontem teve uma perspectiva diferente. Reuni os mais novos da família chegada na minha casa. Ontem fui a "tia". Foi uma antevisão de um futuro próximo. Foi como preparar aquele canto aconchegante onde todos voltam porque se sentem bem acolhidos, ouvidos, amados. Foi também a amargura de constatar que os mais velhos não podiam estar todos. Apenas um elemento esteve, que fui buscar para sentir a alegria da juventude que reinava na sala. Tanto que mudou num ano apenas. Estou na fase intermédia, em que vou tirando as "rodinhas" aos mais novos mas estendendo o andarilho aos mais velhos. O caminho é sempre para a frente, vamos todos envelhecendo, vamos todos na mesma direção. Há que o fazer da melhor maneira possível, com sorrisos, amor... e o que for preciso para aproveitar a vida e ser feliz.

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domingo, 14 de julho de 2019

Esta insatisfação constante e consciente
estas memórias vivas que queimam a pele
desejar o que não se pode ter
conduzir em estrada interdita
ouvir música tocante
dormir fora de horas
corrida contra o tempo
são sonhos
imagens dúbias antes de fechar os olhos
o que sinto
será saudade
serás tu...



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terça-feira, 25 de junho de 2019

A vida de cada um difere entre cada um. O trabalho de um não é mais importante do que o de outro. Se um trabalha ao ar livre e apanha sol a mais e tem problemas de pele e calos nas mãos, há outro que trabalha fechado em ar condicionado e com problemas respiratórios e tendinites. Qualquer dos dois é necessário. Se um é pior que o outro ? Isso está dependente da perspectiva de quem o aprecia. Quase nunca se escolhe a profissão por motivos vários. Se há uns que não puderam estudar para ter um melhor emprego, haverá outros que tendo possibilidades as desperdiçaram ou, por alguma fatalidade não as puderam aproveitar. A somar a estes, há os que já tiveram uma boa posição no mercado do emprego e que hoje em dia estão no desemprego por situações a que são alheios. Enfim, há de tudo. Passemos à frente. A organização diária das tarefas a desempenhar, deve ser da responsabilidade de cada um enquanto elementos individuais. Obviamente, essa organização irá refletir-se no trabalho em equipa. Mas, o que quero enfatizar, é a organização aliada à gestão do tempo. Tomemos como exemplo uma senhora a que chamamos "dona de casa" e/ou "doméstica" (não gosto de nenhum dos termos). Ela vai organizar o seu dia desde que se levanta até à hora que se deita, com horários, tarefas rotineiras e outras fora da rotina que não dependem de si, deixando algum espaço para algo inesperado que se não acontecer pode reverter em tempo para si mesma e vice-versa. É fundamental descansar. Endenda-se dormir, deitar a cabeça na almofada, relaxar o corpo e respirar. Inspirar... expirar... enquanto nos focamos na respiração estamos a pensar em nós, alheando-nos do mundo. Para muitos é difícil. Ok. Uma pequena minoria fará isto. Eu faço e proporciona-me tranquilidade. Mais. Cultivo o silêncio diariamente. É bom desligarmo-nos do mundo (socialmente falando) para nos conectarmos de uma forma primitiva a esse mesmo mundo (natural). As pessoas queixam-se que trabalham muito, queixam-se de doenças, queixam-se uns dos outros, queixam-se que ganham mal, queixam-se de tudo... Organizem o dia de maneira a valorizar o que têm de bom, parem para pensar, para respirar, para levantar a cabeça e olhar o azul do céu ! Façam por reduzir o desperdício do que consomem e já vão poupar em tudo ! em dinheiro, em tempo, e aumentam a qualidade do que consomem e da vida quotidiana ! Digam NÃO! Rejeitar certas coisas faz-nos bem. Não responder a provocações, também. Arranjem um hobby: ler, construir algo, plantar, tricotar... Sejam sábios. Comam menos, riam mais, andem o dobro ! Aproveitem a vida <3


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quarta-feira, 12 de junho de 2019

Resultado de imagem para comigo nãoPerante um sinal de riso, travo a expressão dos meus sentimentos como quem cerca uma rebanho ou deixa cair a comporta para manter a água na represa. E evidencio arrependimento, pesar em ter exposto uma pequena luz do sol que brilha em mim. Perguntas se já não podes brincar… é o que tens feito mais! Tens brincado com os meus sentimentos, a minha boa vontade, o meu precioso tempo. E pior que tudo isso, permiti que me usasses, como quem vai ao armário buscar aquela peça de roupa há um ano guardada e que ao vestir o corpo a sente como nova! Só que após o uso volta ao cesto da roupa suja. E ali fica esquecida. Suja. Um dia vai a lavar, recupera o aspeto, o cheiro a limpo, até que volta ao armário e... Não. A vida está cheia de ciclos mas podemos sempre acabar com alguns…

terça-feira, 28 de maio de 2019

Resultado de imagem para amor

vais e voltas
estás
nunca saiste
a recordação volta
o desejo cresce
saudade
beijos envolventes
momentos escaldantes
corpos fumegantes
olhares gulosos
foi
tanto tempo
tantos momentos
e permanecemos
juntos mas longe
eu sei como tu sabes
é
para sempre
... amor
(pchiuuu...!)


quarta-feira, 8 de maio de 2019


Estávamos como sempre na brincadeira, dizendo parvoíces que levasse o outro a rir. Sem ver de quê, olhou para mim e disse “ainda não percebeste que é a ti que amo ?” Fiquei sem resposta, atordoada. O momento por que sempre esperei, parecia que tinha parado no tempo… como é que me estava a dizer aquilo ? Há quanto tempo esperava eu aquela certeza ? Afinal havia um sentido em cada gesto, em cada toque, uma justificação para cada retorno ! sem saber muito bem como reagir, soltei um “deixa-te de brincadeiras, tás a gozar” e ri passando à conversa seguinte. Fiquei com aquela sensação boa de um amor secreto mas perdi a oportunidade de explorar a confissão. Nem uma adolescente reagiria assim. No fundo, também o amo em segredo desde que o conheci melhor. Ele sabe e não leva a sério, o que agradeço. Às vezes torna-se difícil este sentimento absurdo que inspiro e me invade as veias. Toda esta "não presença" cria expectativas de momentos que nunca irão ocorrer… porque a vida é mesmo assim. Ele gostar de mim assim como eu gosto dele ? Só mesmo em sonhos o admitiria. Nem sei se quero sonhar mais ou se o quero na realidade. Ao vivo foge ao que quero. Em sonho dá o que não espero. Ilusão. Sempre. Não vai longe nem perto, não existe. Pura quimera.


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quarta-feira, 3 de abril de 2019

Adoro ser a Mãe

Resultado de imagem para amor de maeNo outro dia, quando a minha filha me apresentou uma colega de escola, eu apresentei-me como a mãe da minha filha. Assim, sem dar o meu nome. E sorri. A miúda respondeu automaticamente "a minha mãe odeia ser chamada de 'a mãe de X' ". Só pude dizer que a senhora tinha todo o direito de assim pensar mas que eu não tenho problema algum com isso, muito pelo contrário. É frequente quando parimos um filho sermos tratadas como a mãe desse filho pois quer se aceite ou não, a nossa condição mudou. Passámos a ter a responsabilidade desse ser que parimos, o nosso corpo sofreu alterações que ficam para o resto da nossa vida e da vida do ser que parimos, seja em herança genética, seja em marcas corporais, tudo muda desde que concebemos. Mais. Tenho muito orgulho em ser mãe e particularmente em ser mãe dos meus dois filhos. Em nada me diminui, em nada me sinto reduzida ou limitada por ser mãe. A maternidade acrescentou valor à minha pessoa. Sou muito mais rica, mais mulher, mais realizada. No entanto, aceito e respeito quem não se sente assim. E um filho não faz uma mulher. Há grandes Mulheres que não foram mães e não precisavam de o ser para serem mulheres representativas e importantes na sociedade. Por isso, quando no infantário comecei a ser chamada de "mãe", sorri e aceitei feliz. Afinal eu própria coloquei esse meu papel à frente de todos os outros que desempenhava. E continuo a fazê-lo. É aí que está a diferença.


quinta-feira, 28 de março de 2019

É tempo de primavera.
Tempo de vida.
Tempo de amar.
A luz que enche o dia, desperta instintos adormecidos. A temperatura morna incita ao jogo de sedução. São as andorinhas, os pardais, os melros, os pombos, os patos no jardim... volta a brincadeira, a oportunidade de florescer de novo numa estação em que todas as flores são bonitas.

 Tanto sol, e só quero voltar a estar sob a luz dos teus olhos, na primavera que imprimes ao tacto...


terça-feira, 19 de março de 2019

Hellooooooo !

Verifico que desde que o google+ foi desactivado, os leitores deste pseudo blog diminuíram drasticamente. Gostava de ter feed-back de vez em quando. Um pequeno comentário, qualquer coisa como sugestões, perguntas, o que penso disto ou daquilo, opiniões, se seria preferível escrever noutra língua (que eu saiba, óbvio). Eu gosto de falar, de comunicar, mas só se comunica quando há emissor e receptor, certo ? É o mesmo que ensinar, só se ensina se alguém aprende ! Não custa nada dizer que estão aí, ok ? Obrigada.
Resultado de imagem para livre e felizO sol aquece enquanto o mar enrola e o vento desfaz. Já não sou o que fui e estou cada vez mais igual. O dia vai e a noite vem. A dona Branca, lá do alto, dá força ao sonho e aconchega os amantes. O ecrã ilumina os olhos vermelhos que focaram números e letras todo o dia. A boca calada, agora mais descontraída mas sem ousar pronunciar palavra. O pensamento, esse é livre. E recorda o dia, reconstitui o que se passou e substitui cada cena com soluções ideais para os problemas surgidos. Para quê... já vem tarde. Prepara o dia seguinte para nada esquecer. Mesmo assim, é melhor puxar da caneta e anotar. Que feliz que sou ! Agradeço. Já tudo dorme. Ai, este coraçãozinho, não se pode deixar falar se não ... ainda vem uma lagriminha... viro-me para o outro lado e apago a luz. Acordo antes da hora com pequenos gemidos. Percebo que é a cadela a querer ir à rua. Tomo coragem e lá me endireito devagarinho, que isto das articulações aos quarenta e tal, tem muito que se lhe diga ! Vou por aí abaixo e toda ela se abana feliz de me ver. O chão coberto de pelo. Abro a porta e pego na vassoura. Começa mais um dia. E pergunto-me porque tenho de suportar determinadas chatices todos os dias vindas de gente parva quando sou tão feliz na minha pequenez, na minha casa, mexendo na terra ou pintalgando umas telas, entre um passar a ferro ou cozinhando umas iguarias, recolhendo umas ervas para as maleitas... Este é o meu mundo, aquele que nunca me cansou, onde sempre volto porque me faz feliz. Este receio de perder o salário certo anula aos poucos esta vontade de viver livre. Estou presa à sociedade e às suas regras, aos seus hábitos doentios que me fazem sentir de facto diferente quando sou a única que numa mesa de mulheres não tem unhas de gel e nem sequer pintadas. E subitamente dá-me vontade de rir. Sou muito, mas muito mais livre do que a maioria delas !

sábado, 9 de março de 2019

Vi-a no fim da rua, um balde em cada mão, encolhida, e subitamente pareceu-me muito mais pequena do que me lembrava dela. Era uma mulher alta de olhos claros, o cabelo sempre arranjado, de gargalhada espontânea. Conhecida na aldeia pelo negócio do marido, com loja aberta numa das principais ruas. Acumulava peças valiosas em casa mas foi sempre uma "mãos largas" para quem a visitava. Eram frequentes os almoços animados, a casa sempre cheia, os sobrinhos a serem criados por ela até serem crescidos. Um dia a tragédia abateu-se sobre a sua casa e o único filho ficou às portas da morte. Logo aí, era suposto ter recebido mais apoio do que o repúdio que se verificou. Uns bons anos mais tarde ficou viúva. Sem a principal fonte de rendimento, o nível de vida começou a decair. Acabaram os almoços. Aos poucos, a solidão tomou conta de mãe e filho. Ela tem receio que ele faleça à sua frente por tanto problema de saúde e pede a Deus que a mantenha viva para ir cuidando da sua maior e única fortuna: o filho. Diz que todas as dificuldades que passou foram ultrapassadas porque alivia todas as noites com as lágrimas que lhe rolam rosto abaixo. Fez 89 anos. Era a melhor amiga da minha avó. Ainda hoje me disse que nunca questionou as suas confidências que guarda religiosamente. Falou-me de coisas que faziam juntas, como cantar, ir ao campo apanhar terra para os vasos de flores que adoravam... Disse-me mais, "tu sempre foste a maior riqueza da tua avó". Esta senhora é um pedacinho da minha avó neste mundo, e foi por isso que quando a vi, tive de ir ter com ela. E abracei-a e beijei-a e choramos as duas e... minha querida amiga.
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domingo, 3 de março de 2019

É junto a mim que revelas a tua essência
Imagem relacionadaO mais verdadeiro do teu ser
O mais natural e espontâneo que há em ti
diria mesmo, o instinto mais puro
o lado selvagem
Ali não tens de fingir
não procuras impressionar
vives o momento
a satisfação imediata
Como a pele de uma cebola
largas peça a peça até à nudez
exposto
sem máscaras
sem jogo fictício
quem aceita, tem
quem não quer, não empate
Largas a timidez reprimida
e deixas-te levar
pelas asas da liberdade
És tu, até acabar o tempo
um tempo único de revelação.



domingo, 24 de fevereiro de 2019


O texto que se segue não é da minha autoria, mas a (pequena) autora pediu-me para publicar. 12 anos de Mulher.(Não corrigido.)



"I am sitting in my sofa with my computer so I can write but I wonder… what it would be like to have to sit down and type/write on a typing machine.
The 2000s and 2010s generations have been so privileged compared to the past ones that we don’t even notice that. Children today are practically born holding a smartphone or a tablet. Is this really how we want to raise them?
I am a supporter of teaching to kids how life was in the twentieth century. The knowledge people had was minor then it is today, which was an issue. Today we are raised to believe things which we never even considered to be truth in the past decades.
In a time where women didn’t go to school and didn’t have the education they deserved, men were the ones who ran the world, which showed later to be catastrophic.
One can even ask himself sometimes: if women were in control instead of men would WW2 have existed? Would there any war have existed?
I am not saying that women aren’t violent because many of them are but surely the world would have been different. Would men still go to war if there was one or world they be the ones staying home with the children and women would defend their country.
The girl of today is privileged because she can vote and can do a whole other group of things that in the past wouldn’t be allowed. She can only do it because her ancestors fought for her to have a good future.
What about boys? Do they have consciousness that their ancestors were the ones that obligated women to fight for their rights? Do they learn that and know it was wrong and it still is, or are we repeating history itself once more?
There weren’t many resources in the last centuries for people to have a decent education, only if they were lucky enough to have one. So humankind ignored all kind of knowledge once it was offered. I fear to say that they were afraid of it.
This is why education is needed. This is why our history books and manuals must change. This is why our world will hardly ever change.
We are doomed to repeat history. We are not taught history well enough for us not to commit the same mistakes we have made in the past.
But can we change it? Can we prove ourselves different?

-Susana 2019"

Resultado de imagem para mulheres voto

















Dá-me a tua paz
passa-me a tua energia
faz-me enfrentar os medos
tira-me os receios das consequências
que o teu sal me salve dos olhados
que a tua ondulação me embale a tomar atitudes
ensina-me a tua persistência
a tua imensa presença
o amor com que a envolves supera tudo
dias mais calmos outros nem tanto
o risco é diário
mas a verdade está lá sempre
- és sempre tu.






quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Resultado de imagem para correria quotidianoPercorro ruas e ruelas, caminho e olho em frente, observo as pessoas e tento interpretar cada expressão, cada ruga, cada olhar. Entre corridas, telefonemas, sorrisos, conversas, há o silêncio que cada um carrega dentro de si. O que vemos por fora, mascara o que está por dentro dessa pessoa. Isso acontece sobretudo nas camadas média/alta da sociedade. Porque não mostrar o que se é, quem se é, como se é ? Os menos abastados são de facto aqueles que vivem na verdade. Na sua pobreza de bens, pode sobressair a sua grandeza interior sem intenção alguma de ofuscar o seu igual. Ao passo que os outros na condição oposta decoram-se exteriormente, sentem necessidade de não igualar o seu semelhante mas sim distinguir-se entre tantos que têm objectivos idênticos aos seus. Triste. É triste no mínimo que assim seja. As pessoas perdem aos poucos a noção da realidade, das prioridades, dos sentimentos e mesmo da ética e valores. E quando dão por si, no limite em que sufocam as aparrências e bens adquiridos a crédito, querem despojar-se de tudo e voltarem à condição inicial que roça a singularidade pura do "eu". Aquele "eu" em que todos somos iguais. Afinal, não nascemos todos nús ?


quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Às vezes penso se pensas em mim. Se me lês ainda. Se dás pela minha falta, se te irrita o que digo. Sorrio. Precisamente por te imaginar irritado. Tenho muitos dias que não te lembro. Tenho dias de vento em que teimosamente caminho contra essa força. Tenho outros que nem o sinto. Talvez porque não sopre. O vento. Ouço os pardais e outros pequenos pássaros que não se misturam com os carraceiros e os corvos no jardim, e recordo os teus conhecimentos de tanta coisa na Natureza que admiro e não sei o nome. Tu sabes. Eu não preciso de saber o nome de cada coisa que admiro na Natureza para a sentir de forma avassaladora em mim. Serei por isso ignorante aos teus olhos ? Interessa-me mais sentir que falar. E muitas vezes sinto a tua falta. Nem que seja do que não tivemos porque assim tinha de ser. (Ter o quê ? )A tua crítica aguçada dava-me força. Assim como se picam as bestas antes de entrarem na arena. Que digo eu ... Estimulavas-me o pensamento, a curiosidade - coisa rara vinda de um macho. És daquelas pessoas com quem se pode partilhar o silêncio. Retomemos então. O silêncio. Até que se quebre. Assim, distantes.

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