segunda-feira, 18 de maio de 2015


abrazo

Por vezes basta um abraço. O mundo quase nos esmaga com tanta exigência. Não dormimos o suficiente por preocupações mínimas que devido a tudo e mais alguma coisa, se exponenciam sem controlo como bola de neve. Acordamos mil e uma vezes de noite, balbuciamos palavras que ninguém entende, voltamos a adormecer naquele sono agitado e acordamos antes do despertador. Temos o horário no corpo. Temos mas é ansiedade ! Perdemos a noção de tudo na ilusão que estamos a comandar as tropas mas quem comanda é o relógio. E começa a correria. (Que nervos!) Com a mente organizada os gestos são dirigidos com tranquilidade. Ainda há tempo. (Há sempre tempo para tudo !) E o dia vai correndo… embora não ande nem corra. O tempo é que passa porém é sempre o mesmo porque permanece. E no desamparo em que o tempo que é sempre o mesmo (porque é para mim, para ti e para todos os outros) passa por nós, acaba por permanecer nos traços que nos deixa a pouco e pouco. Nem damos conta. Pensando bem, se o tempo é sempre o mesmo e permanece, somos nós que passamos por ele e que nos marcamos mais ou menos consoante a passagem. (Bastava-me um abraço teu agora e parava com estas insanidades agora mesmo). Isto passa com o tempo. Não. O tempo não cura tudo porque não cura nada. Ou fazemos alguma coisa, tomamos atitudes ou se estamos à espera do tempo, ele por si só nada fará (porque é estático, igual, repetitivo, “always the same”…) Por estas, por outras e outras ainda é que problemas vários se instalam nas vidas das pessoas e se diz ignorantemente “é dar tempo ao tempo” sem perceber que um dia essa pessoa acaba no tempo. E perde-se tudo. Perde-se o tempo, acaba o prazo.Um abraço pode dissolver tanta amargura. Um abraço sincero junta pedaços de amor e alenta corações. Um simples abraço melhora a auto estima, dá confiança, promove a fé. Por vezes basta um abraço para nos sentirmos seguros. E mesmo quando aparentemente está bem, quando parece que aquela pessoa lá do alto do seu sorriso consegue facilmente passar pelo tempo sem que este a moleste, desenganem-se ! –  tentem dar um abraço a essa pessoa e vejam o efeito. (Abraças-me num destes dias ?)

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