Abominam-me as pessoas que lá
porque estão chateadas com alguma coisa, não suportam que os outros estejam bem-dispostos.
Mantêm uma carga negativa à sua volta num perímetro de 2 metros pelo menos. Mas
eu, que sorri depois do primeiro choro ao nascer, mantenho um campo magnético à
minha volta e não me deixo influenciar. Pois… também não sou assim tão
insensível como estás para aí a pensar. Devo ter um íman e há alturas em que as
pessoas que têm problemas vêm desabafar comigo sem que eu pergunte nada.
Sentem-se à vontade e deixam sair o que os perturba, libertando tudo o que lhes
provocou a preocupação. Fico feliz de poder ajudar. E quando é assim, às vezes
até eu fico perturbada com os problemas dos outros. Mas esses “outros” são
pessoas sinceras, que já acumularam situações em si e estão a transbordar, não
têm capacidade para mais no momento. Mas há uns terceiros que gostam de se expor
como vítimas, de jogar com sentimentos, de chamar a atenção da pior forma. E
esses, desculpem mas não merecem que perca tempo com eles. Com os primeiros não
considero perda de tempo. Acho até que nos aproxima. E quando por acaso algum
desconhecido desabafa comigo num qualquer sítio (como aconteceu no domingo
passado num café, na praia), faço questão que a pessoa diga tudo o que tem a
dizer, que esgote o assunto, pois não sei se o voltarei a ver e se fui até ao
seu encontro é porque havia uma missão a cumprir. Gosto de me sentir útil neste
sentido. Saber que deixei a pessoa mais aliviada e confiante faz-me bem. Acontece
contigo também ?
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