Tanto que gosto da vida e de viver. E frequentemente sou obrigada a parar para aceitar o seu princípio e o seu fim. No mesmo dia, nasceu um bebé de alguém que me é próximo e faleceu o filho de alguém que conheço desde pequena. Filho mais novo que eu e como eu, filho único de uns pais que não voltaram a ser pais mesmo com outras pessoas. Como se suporta, como se ultrapassa a perda de um filho ??... No velório de um, de lágrimas nos olhos, enviava felicitações a outros. E pensava que estava ali uma mãe que vai passar o Natal sem o filho vivo. Uma mãe que continua viva mas com uma grande parte morta. E ao seu lado, num tormento enorme a perder forças, estava a futura mãe que carrega a esperança do prolongamento do seu filho falecido. Uma mãe que vai passar o primeiro Natal com um filho nos braços. Insólito, no mínimo. Incompreensível e doloroso ao máximo. O fim de semana cinzento antecipava o turbilhão de emoções de segunda feira...
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