terça-feira, 6 de novembro de 2018

Um dia alguém me falou por aqui sobre a estupidificação do trabalho repetitivo, que não aguentaria ficar entre quatro paredes diariamente com um horário obrigatório. Gerou-se uma conversa interessante sobre as necessidades de cada um e o que estamos dispostos a suportar para viver com dignidade. Pois bem. Uns arriscam mais que outros. Uns são mais independentes e outros têm dependentes. Faço parte do segundo grupo. Sim, já arrisquei muitas coisas mas nunca profissionalmente. E embora os dias custem por vezes a suportar, tento compensar com outras coisas que me fazem verdadeiramente feliz. Nem sempre dá para por em prática as ideias alternativas mas arranjo escapes por todo o lado. Desde desenhar, pintar, coser, remexer a terra e plantar/semear, passear a cadela, caminhar, dançar em aulas de grupo, dar uma volta sem destino a pé, entrar num qualquer café diferente do habitual para tomar o pequeno almoço, ler um bom livro num banco de jardim, parar o carro junto ao mar e respirar aquele ar fresco e revitalizante ou ir ao alto da serra e sentir o vento volver os cabelos... que livre que me sinto ! Que feliz consigo ser a par do que mais me minimiza ! Preciso de fugir à rotina muito embora mantendo a continuidade. O segredo está no equilíbrio; quanto mais presa me sinto, maior terá de ser a amplitude do vôo.

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