segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Também guardo mágoas. E das grandes, pelo menos para mim. Tenho memórias que me assolam quando menos espero e tenho de viver com elas. E não as invento nem adultero. São o que foram e serão. Mais. Não estou sempre a falar delas, embora reconheça que algumas podem ter contribuído para certos bloqueios com que me deparo no quotidiano. Não lhes chamo traumas. Não me sinto traumatizada. Só não quero que filho(a) meu passe pelo mesmo. E considero que sou uma adulta equilibrada. Não sei o futuro nem quero saber. Vamos vivendo. Fazemos-nos ao caminho e lá vamos. Tudo o que precisares poderás contar comigo, pois mesmo que não queiras vou ajudar-te. Já desisti de chamar-te à razão, à realidade, à verdade. O teu ego precisa de atenção, eu sei. Mas já agora... alguma vez te perguntaste o que terei sentido ao assistir à tua perda de sentidos e queda no chão depois da ingestão daquela dose de comprimidos, ver levarem-te em braços para uma viatura que atingiu uma velocidade louca para chegar ao hospital enquanto te via a espumar da boca ? Jamais esquecerei.

Sem comentários:

Enviar um comentário