Nada é por acaso. Sim, estou sempre a dizê-lo. Há mais a pensar como eu. Eu sei. Mas é que tudo se torna tão claro e evidente que chega a ser clarividente. Desde o tropeçar numa pedra ao olhar para trás ou elevar os olhos para o ramo da árvore que abana, as novas amizades ou o corte de relações de certa forma porque continuam de outra, nada é por acaso. Quantas vezes saio de casa atrasada e irritada por não conseguir chegar mais cedo e encontro um acidente que poderia ter sido comigo. É apenas um exemplo. Fico feliz quando depois de desocupar um lugar verifico que alguém o ocupa e consegue tirar proveito do mesmo. Se desocupei é porque não é apropriado para mim, mesmo que não perceba no momento pois virei a ter a justificação mais tarde. Fico feliz por essa pessoa e por mim, que consegui ver para além do visível conseguindo benefício simultâneo. De coração, mesmo, e isso dá-me tranquilidade e a certeza de que fiz o que tinha de fazer. Há coisas assim. Há momentos únicos em que me sinto tão próxima da energia da Terra, que a sintonia é tanta que me deixo levar apenas pelo instinto. E esses momentos resultam sempre numa espiritualidade aberta em que a pulsação acalma e tudo encaixa. Somos tão pequeninos neste universo. Não compliquemos demasiado a vida que é uma dádiva. Não criemos obstáculos à energia que nos envolve a todos. Deixemos fluir simplesmente. O silêncio, é o melhor local para nos encontrarmos e viajarmos.
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