Apetece-me falar de normas
sociais. Porque sim. Está na ordem do dia dizer que a sociedade está com
um caráter agressivo porque no núcleo familiar não são impostas as devidas
regras desde tenra idade. É a violência doméstica (está tudo marado), são os
meninos e meninas que desrespeitam os mais velhos , os paizinhos que querem
agredir os professores (porque não fazem o papel dos pais…), a classe política
qual nata (azeda) da sociedade que põe e dispõe da vida de quem trabalha
afincadamente para levar uma vida digna (e destina uns milhares valentes ao
desemprego), são as instituições sociais que colocam em causa a confiança de
quem sempre acreditou nelas, é a falta de civismo, é o não querer resolver e
embrulhar cada vez mais todo um rol de assuntos que alguns até me dão asco…
Normas. Tive um professor de Direito que nos disse sempre que a melhor maneira
de as contornar era precisamente aprendê-las. Todos levantámos as notas nesse
semestre. É um facto que em qualquer tipo de sociedade se estabelecem normas
inadvertidamente para que a ordem prolifere entre os indivíduos. Há sempre uma
hierarquia estabelecida em que cada um desempenha uma função, aliada aos tais
padrões de comportamentos que se repetem e por isso e mais uma série de razões que não vou enunciar acabam por ser aceites,
tornando-se numa norma institucionalizada. Mas se ao interiorizar as ditas
normas consegue-se ser mais capaz de as contornar do que quem as não apreende
(e acaba por transgredi-las), afinal quem verdadeiramente desrespeitou a norma
? Não deixa de ser interessante. O ignorante é punido e o conhecedor da lei,
porque soube contornar a mesma, não é acusado de comportamento desviante e é
aceite na sociedade que engana. Sociedade podre. Nem democracia, nem liberdade. Abuso, descrença.
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