Como o bolbo que fica na terra de um ano para o outro
O coração humedece nesta altura com a chuva e o sentimento começa a desenvolver
Há uns tempos que assim é
Vinga pela terra acima em busca do sol e espreita tímido
É o coração a palpitar e a língua a não querer dizer
Mas o brilho do sol faz a boca calar e os lábios beijar
E cresce
Cresce tanto que dá flor
E a flor é colhida
É inspirada, é sugada, é comida
Deitam-se fora as sementes
E o bolbo é esquecido na terra
Para o ano há mais.
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