quarta-feira, 14 de março de 2018

Resultado de imagem para tempestade Foi o Félix. Tivemos um dia de sol para animar. Chega agora a Gisele. Tempestade atrás de tempestade como pedras no caminho. Apanho-as todas para fazer um castelo ? tropeço, caio, levanto-me, tropeço noutra mas já não vou ao chão. Assim é a vida e as preocupações com que nos deparamos todos os dias. E vamos aprendendo e tirando lições para os próximos tropeções. Embora se vá ganhando experiência em muitas coisas, aparecem sempre algumas novas que nos desafiam o poder de resolução, o que nem sempre é claro nem fácil. Mais decisões para tomar, novas atitudes a enraizar. Novos caminhos, cruzamentos sem sinalização, riscos que se aceitam, direções que se seguem e muita fé em Deus. Assim se faz o (meu) caminho.
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Cada vez mais a procura da catedral na mãe Natura é necessária porque consciente. É lá que a espiritualidade melhor se manifesta. Somos natureza e é na Natureza que o nosso eu se liberta pois nela está a sua origem. A procura do eu só tem reflexo no silêncio das vozes, na introspeção que permite ouvir os pensamentos. É na paz da Natureza, nesse aconchego materno que nos conseguimos encontrar a nós mesmos dando asas à libertação do que calcamos todos os dias na rotina diária dos nossos afazeres. Abstraindo-nos das preocupações comuns da vida em sociedade, estando em plena comunhão com a Natureza, largamos o "eu" e sentimos a integração na Natureza através da observação de outros seres. Ouvir o canto de um pássaro em pleno campo, ouvir a música da água no riacho que passa sobre as pedras, o vento a abanar as folhas das árvores, o cheiro da erva molhada, sentir a terra nos pés descalços... estar atento ao que se passa fora de nós só acontece quando nos abstraimos de nós mesmos. O mundo não gira à nossa volta. Há o "outro". Há pessoas com os mesmos problemas que nós. Outras têm mais e outras menos. São pessoas, como nós. Há que saber detetar quando o afastamento é necessário para melhor discernimento. Elevar a espiritualidade para depois assentar os pés no chão e ser capaz.


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