Cada vez mais a procura da catedral na mãe Natura é necessária porque consciente. É lá que a espiritualidade melhor se manifesta. Somos natureza e é na Natureza que o nosso eu se liberta pois nela está a sua origem. A procura do eu só tem reflexo no silêncio das vozes, na introspeção que permite ouvir os pensamentos. É na paz da Natureza, nesse aconchego materno que nos conseguimos encontrar a nós mesmos dando asas à libertação do que calcamos todos os dias na rotina diária dos nossos afazeres. Abstraindo-nos das preocupações comuns da vida em sociedade, estando em plena comunhão com a Natureza, largamos o "eu" e sentimos a integração na Natureza através da observação de outros seres. Ouvir o canto de um pássaro em pleno campo, ouvir a música da água no riacho que passa sobre as pedras, o vento a abanar as folhas das árvores, o cheiro da erva molhada, sentir a terra nos pés descalços... estar atento ao que se passa fora de nós só acontece quando nos abstraimos de nós mesmos. O mundo não gira à nossa volta. Há o "outro". Há pessoas com os mesmos problemas que nós. Outras têm mais e outras menos. São pessoas, como nós. Há que saber detetar quando o afastamento é necessário para melhor discernimento. Elevar a espiritualidade para depois assentar os pés no chão e ser capaz.
quarta-feira, 14 de março de 2018
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário