quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Reuniões de EE

Fico tão incomodada com certos comportamentos a que assisto nas reuniões de encarregados de educação (encarregados de quê ???!) com os diretores de turma ! Há sempre um burburinho, umas mãezinhas a falarem que nem se preocupam em segredar!... Depois, enquanto o professor tenta explicar dentro do tempo previsto, tudo o que tem para transmitir cumprindo a ordem de trabalhos, há sempre um telemóvel que toca ! E toca ! E toca! E depois de o encontrarem (e quase esvaziarem a bolsa) e conseguirem barrar o toque, nem um pedido de desculpas ! Como se fosse natural, habitual,... Fico impressionada com tanta falta de respeito por parte do que se apelida de "encarregados de educação", que belo exemplo para os seus filhos ! Alguns deste elementos já os conheço. E, lamentavelmente sãos os pais dos alunos que causam distúrbios, que contribuem para a falta de aproveitamento escolar deles e dos outros, e que troçam e perseguem quem se comporta adequadamente e tem interesse por aprender. Agora digam lá se vale a pena eu chatear-me com isto e dirigir-me a algum destes pais - não só me insultariam (porque desconhecem o que é educação, respeito) como não iriam entender sequer o sentido da minha preocupação !

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quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Estou aqui agora. Vou e venho, todos os dias. Sei que virás um dia destes. Ou daqueles, mas virás. Aqui ou noutro sítio. Gostava que viesses antes do sol se por para te ver bem ainda. Ao natural é tudo mais simples, mais claro, sem máscaras. Frente a frente, sem filtros. Eu sei que sabes que espero por ti, até que venhas. É fácil encontrares-me. Não, não te vou procurar. Quando te vir, vou saber que és tu. Aliás, eu já sei que estás a caminho. A estrada é longa, tem cuidado. As paisagens envolventes são tentadoras e servirão para te conduzir até mim, desde que não te distraias. É um teste. Se passares, recebo-te com um sorriso e um abraço. Cuidarei de ti como cuidarás de mim. O futuro é nosso. Feliz e tranquilo.

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terça-feira, 27 de setembro de 2016

O Amor cura (quase) tudo

Porque me hei-de preocupar apenas com quem se preocupa comigo ?? O melhor seria não me preocupar com nada - é certo. Mas parece que essa coisa da preocupação faz parte do ser humano. Realmente há determinados assuntos que devia banir dos meus pensamentos, porque não me dizem respeito directamente. Mas, embora não seja intrometida ao ponto de abordar o assunto com as ditas pessoas, há assuntos que me preocupam nas mesmas. E as pessoas não sabem desse meu envolvimento, embora distante. Desconhecem as vezes que me ocupam o pensamento. Nem vão saber. Nem precisam de saber que se puder ajudar a aliviar certas situações, faço-o sem que saibam. Não preciso que me agradeçam o que faço por iniciativa própria. Não faz sentido para mim só me preocupar com quem se preocupa comigo - isso seria um acto de altruísmo distorcido em que se estabeleceria uma troca obrigatória, uma relação imposta como um pagamento de um serviço, uma relação contratual. E depois há todo um conjunto de condicionantes que contribuem para que o que eu considero preocupante, outros não considerem.
Hoje, enquanto atravessava o jardim pela manhã, fiz outra "amiga". Falava sozinha enquanto caminhava. E eu ouvi e respondi. E continuámos de conversa até à separação de destinos. "Prazer em conhecê-la" disse a senhora (foi sentido e soube-me bem).
Esta é mais uma situação que me preocupa. O ser humano precisa de falar, de comunicar de alguma forma, com os outros seres humanos. Quem não exprime através do corpo seja com dança, linguagem gestual, etc, através da expressão plástica, música, artes em geral, através da escrita, voz etc, acaba assim a falar sozinho e a ouvir-se a si mesmo. Temos de partilhar o que pensamos, temos de ouvir os nossos pensamentos pela voz de outros para melhor os analisarmos. Eles têm de se tornar externos, sair de nós para que façam eco em nós. Já todos falamos sozinhos, e às vezes o facto de o fazermos ajuda-nos a tomar decisões. Mas as pessoas que falam sozinhas na rua têm falta de companhia, de quem as ouça, de atenção, de amparo, de mimo, de amor. Mas estes detetam-se. Os que não falam nem sozinhos estarão em pior situação. (Depois há os loucos como eu que deixam palavras escritas por inumeros ficheiros, agendas, papés de guardanapo, postais, cartas, cadernos e diários e certas palavras que deviam dirigir à pessoa certa, não o fazem ... e deixam no ar para quem apanhar, pode ser que o vento as leve).

Sabem que uma boa dose de amor pode curar muitos dos males da nossa sociedade actual ? :)

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segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Subitamente apetece-me pintar sonhos
Sem saber a cor ou o tom sei que tem de ser intenso
tem de ter cores misturadas contrastantes
o quadro tem de contar algo, tem de falar por si
sem lacunas
sem espaços vazios
toda a tela será preenchida
Não pode ser a pincel, carvão ou pastel
será com as mãos
sem luvas
com os dedos
só assim poderá ser
só assim conseguirei desvendar o que não percebo e se manifesta

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quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Dulce vive só.
Dos seus airosos setenta e cinco anos, sente-se uma vida activa, uma mulher sem medo, bem humorada e "enxuta".
Viuva desde a meia idade, vive do que sobra das duas reformas depois de ajudar o único filho que resta. Fala com tristeza de mais essa partida que a morte lhe pregou. Dois filhos.
Apetece-lhe comprar coisas bonitas para a casa mas... para quê ? Tem coisas ainda por estrear e não tem visitas.
Diz-me que sai à mãe que ainda tem, já velhinha. É rija.
Ainda nos rimos um pouco. Pareceu-me conhecê-la desde sempre... Fiquei com a sensação que foi de lágrima no olho quando nos despedimos.

Estes encontros inesperados em que alguém que nunca vi se abre comigo a este ponto (foi um pouco mais do que revelo), fazem-me pensar e questionar tanta coisa na vida.

Amem, vivam, desfrutem, aproveitem cada momento, não sabemos como vai ser o momento seguinte.

Já agora, o nome é fictício. Nem sei como se chama. O que é um nome numa vida ?...


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O local onde se trabalha é por natureza o local onde mais tempo passamos por dia. São cerca de oito horas em que transformamos trabalho em dinheiro para podermos viver nesta sociedade consumista. Esse local deve ter um ambiente naturalmente saudável o que inclui desde boas condições técnicas e físicas a um relacionamento no mínimo aceitável entre os colegas. Não me afecta os vários degraus da hierarquia pois que em toda a célula social há uma hierarquia e regras a respeitar e seguir. Não me afecta o trabalho. Não me afecta o número de conversas ou os vários tipos relacionamentos. Afecta-me o silêncio. O silêncio no local onde muitas pessoas se concentram para trabalhar frente ao PC, é eco de pensamentos e suspeitas, olhares  e desconfianças, ouvidos alerta para qualquer vôo de insecto. E colocam-se os auscultadores. E fica-se isolado. Quando o silêncio se instala entre várias pessoas, a voz inibe-se de trocar o produto do pensamento. E cala-se. E morre. E entristecem-se as almas como a minha que aspiram a hora de saída para voltar aos atropelos de vozes na hora de jantar à mesa, em que cada um quer contar como foi o seu dia. E quando perguntam "e o teu dia como foi ?" desvalorizo e quero saber mais, viver o dia deles com o mesmo entusiasmo com o que o fizeram.


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Claro que também gosto de silêncio. Do meu silêncio, em que medito, reflito, faço introspeção, descanso. Se estou só, ouço os meus pensamentos, a minha voz. Mas quando estou com os outros, não devia sentir-me só.


terça-feira, 20 de setembro de 2016

Resultado de imagem para back to school2ª Semana de adaptação. Acho que ando mais ansiosa que eles, como já seria de esperar. O início de cada ano lectivo exige sempre muito das mães (ok, e talvez de certos pais... pronto). Este ano, para além de os dois terem mudado de escola (uma ao pé de casa, a outra a 12Km), cresceram desmesuravelmente ! Ou seja, não bastava o valor de todo o material escolar (ainda falta a famosa "lista" que os professores distribuem...) como também teve de haver um investimento em indumentária apropriada à vida escolar. Sim, por enquanto ainda consigo que a minha filha não vá de calções super curtos para a escola e espero que ela entenda que esse tipo de calções são para usar na praia, nas férias, em casa... Há uma ocasião para tudo. As minhas colegas que sobem as escadas com vestidos brancos e curtos num local maioritariamente de homens não tiveram de certeza uma mãe como eu tive e como sou. Enfim. Indumentária à parte, a gestão de dois filhos em escolas diferentes com realidades diferentes não é fácil, mas também não é impossível. Há dias que tenho de acordar com o mais velho às 6h15m para que possa ir num autocarro que o leve até à localidade onde agora passa a maior parte do tempo (despesa com assinatura mensal que graças à Câmara será comparticipada). Acompanho-o até à paragem e aproveito para passear a cadela, voltando depois para acordar a mais nova. Enquanto toma o pequeno almoço, consigo preparar-lhe o lanche, o meu almoço, mais os três pequenos lanches que farei ao longo do dia, até esperar que o mais velho saia da escola e o leve para casa. É uma sorte estarmos na mesma cidade durante o dia. E é uma sorte muito maior ter uns pais que são os melhores avós que podia querer para os meus filhos. Durante o dia, preenchem as lacunas onde não consigo chegar ou estar. Se eu sou a sua continuação, eles são a minha extensão e estão sempre lá. No entanto, há coisas que ninguém me pode aliviar, como acordar antes do despertador nem que seja 2 minutos !! Que ansiedade !... E depois à noite, ou se tem o jantar feito de véspera ou nem dá tempo para colocar uma roupita na máquina de lavar porque os olhos simplesmente começam a pesar e às 22h há uma força, uma voz vinda do primeiro andar a chamar para a cama. E ainda não mudámos para o horário de inverno... Vivam as mães ! Vivam os filhos ! Vivam todos os que passam por isto e outras situações idênticas ! Vivam ainda aqueles que sem posses têm de dar a volta "fazendo das tripas coração" para que os seus filhos consigam frequentar a escola para terem melhores oportunidades que os pais !
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segunda-feira, 5 de setembro de 2016

É lixado quando olhamos para um determinado periodo da nossa vida e concluimos que fomos enganados. E o pior é ver que fomos enganados por nós próprios. A verdade estava lá e por "n" razões não a quisémos ver. É isso que doi. Compreender aos poucos que fomos mentindo, melhor fomos ocultando a verdade e tapando os erros com outros erros até que chega um dia e não dá para continuar. Sorrir quando apetece chorar. Falar baixo quando apetece gritar. Ter de sair quando apetece ficar. Ou ficar quando apetece sair. Permitir quando se quer recusar. Calar quando apetece cantar... As relações humanas devem pautar-se pela verdade e pelo diálogo, assente numa base de sentimentos firmes. Mas nada acontece por acaso. Há que reconhecer os erros para não voltar a repeti-los pois só assim se aprende, só assim se cresce, só assim se pode ser feliz. Tudo tem um propósito.

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