Estou a aceitar um pacote de coisas na vida que antes me davam que fazer. Não sei se o avançar da idade, a suposta maturidade e outras palavras acabadas em "dade" serão os responsáveis por esta aceitação. O facto é que está a acontecer. Uma dessas coisas é perceber porque as dietas não funcionam comigo, ou porque funcionam muito bem ao princípio e depois há um abandono da minha parte que destroi todo o esforço anteriormente feito. Está tudo nesta frase. Funcionam bem porque sendo de personalidade forte e de ideias sempre novas, o empenho investido é grande e dá resultados imediatos mostrando que "sou capaz". Mas nesse preciso momento em que se verifica que "fui capaz", é inevitável o reconhecimento de ter sido uma ideia imposta que me alterou os hábitos diários, sentindo que ando comandada por algo externo que me impõe regras, limites, horários, quantidades, produtos específicos,... Pois. Para quem não usa sequer relógio para não ter a noção de ser comandada pelo tempo... para quem não gosta sequer de prender o cabelo num elástico... para quem gosta de conhecer as regras apenas para usufruir das suas falhas... Dietas para mim, não ! Um regime para o resto da vida ...? Não. Bebo uns cházinhos e pouco mais. É que quando me apetece um doce, como-o com prazer, sem culpa. E quando me apetece uma comida vegan, cozinho-a e desfruto dela até com os olhos. Agora, alguém chegar e dizer "tem de ser assim", bah ! Pensando bem, deve ser por estas coisas que os meuis filhos dizem que vou ser uma avó muito zen, muito calma, muito exotérica. Estou a imaginar-me a praticar ioga com os meus netos (oxalá) no chão da sala, por entre o ambiente acolhedor de insenso e velas... Maravilhoso quadro !
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