quarta-feira, 25 de novembro de 2015

O pote da calma (entrem no link)

Tão importante este assunto. No período entre os 2 anos e meio e os 5, 6 anos quantas vezes tive que pegar na criança que fazia a birra e falar-lhe de outra coisa totalmente diferente que sabia ser do seu interesse. Chegamos a ter uma almofada para descarregar maus sentimentos ! No início deste ano, tivemos também um frasco com "medos" escritos em papelinhos que depois de dobrados eram fechados no frasco. De vez em quando tirava-se um papelinho à sorte e abordava-se o assunto. Deu bons resultados, contribuiu para a emancipação e melhor auto estima.
Para mim que sou mãe, é fundamental conseguir travar o descontrole que muitas vezes acontece em chamadas de atenção lá em casa. Pré puberdade e adolescência são muito ricas em acontecimentos, descobertas, tentativas de permissão, a par de um lindíssimo período da vida em que reafirmamos a nossa personalidade e nos preparamos para uma vida adulta futura. Ora, é preciso sabermos controlar o rumo que muitas situações tomam, pois é próprio nestes períodos da vida acontecerem explosões de revolta que acabam em gritaria e histerismo, choro, portas a bater, sem qualquer razão que o justifique. Nós adultos, que já passamos por essas fases, temos obrigação de saber agir. E digo-vos que resulta. E às vezes basta falar noutro assunto, ou tocar um telefone, para que haja uma quebra na corrente de tensão crescente. Nesse hiato, há como que uma tomada de consciência da burrice/teimosia evidenciada e normalmente tudo volta à considerada normalidade. É como abrir a porta de um quarto escuro e deixar entrar uma brecha de luz - tudo fica mais claro e evidente, a perspectiva altera-se, a atitude é logo outra.
Já com adultos... era importante que se conseguisse também. Talvez o pote da calma não seja uma boa ideia. Mas um sorriso, olhar nos olhos, mudar do espaço onde se está para outro, estender a mão... e sobretudo respeitar, saber ouvir, querer resolver, inovar nas atitudes.

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