terça-feira, 10 de novembro de 2015



A própria vida tem me levado a questionar o que é a amizade. Onde e em que situações se manifesta, por quem. A amizade é para mim um tipo de amor. Não um amor romântico mas um amor fraterno. Sim, porque no meu entender, um amor fraterno não cobra, não espera na volta, não age por interesse, não age para que o outro goste de si, faz para que o outro se sinta bem, sendo o bem estar do outro o objetivo final. Num amor romântico estamos sempre à procura de uma satisfação pessoal para os dois, exigindo ou esperando mesmo que inconscientemente algo em troca. Numa relação de amizade pura não há nada disso. Eu faço-te algo porque precisas e não precisas de retribuir porque fiz por gosto. Um dia se eu precisar logo chegará a vez de retribuíres, se não precisar, melhor para todos ! Quanto mais velhos ficamos, mais amigos verdadeiros temos. Não é que façamos mais amigos, passamos é a ignorar "os outros" que não são verdadeiros, são apenas interesseiros. Ou seja, retiram da relação algo que interessa unicamente para eles. E aos poucos, vamos reconhecendo um a um. E os que ficam e consideramos verdadeiros, passam a ser considerados como que família. Toleramos-lhes coisas que não toleramos a outras pessoas, aceitamos as suas teimosias e diferenças, e quando damos uma abraço, é um abraço demorado daqueles em que a energia passa de um corpo para o outro sem precisar de dizer nada, iluminando a alma de esperança e aconchegando o coração com muito amor. É a qualidade em detrimento da quantidade.



Sem comentários:

Enviar um comentário