segunda-feira, 22 de maio de 2017

Hoje é véspera do dia de amanhã. Um dia como outro qualquer não fosse ser véspera do dia em que comemoro o meu aniversário. Amanhã, cinco minutos antes das sete horas completo mais um ano. Hoje é dia de fazer o balanço destes anos todos de desenvolvimento pessoal. Fiz um percurso quase irrepreensível. Sim, quase. Não fiz o percurso como seria esperado por aqueles que muito me amam, mas fiz o MEU percurso, à minha maneira, ao meu ritmo. E tenho tudo para ser feliz. E consigo ser feliz com tudo o que tenho. Se podia ser mais ainda ? Ah se podia !... não seria dinheiro que me faria mais feliz, não. Mudar de profissão. Tenho pensado tanto nisso... Mas sempre fui uma pessoa ponderada, com os pés assentes na terra embora dando oportunidade ao risco. Muitas vezes corri riscos e se não fossem eles não tinha adquirido a experiência que tenho em diversos campos. E não me tinha divertido, nem aprendido, nem sido feliz nesses momentos mágicos. A felicidade verdadeira é instantânea, só que temos a capacidade de a prolongar com atitudes e floreados à sua volta. Mudar de profissão... e fazer o quê ? Parece-me a mim gostar de fazer tudo menos o que faço ! Chega a ser ridículo. O problema é que não tenho trabalho, tenho um emprego, chato. Não desenvolvo nada, não crio, e há anos que faço o mesmo. Mas não posso largar tudo de um dia para o outro. Faz parte daquelas coisas "certinhas" que fiz na vida: ter o emprego que a mãe aconselhou. E aconselhou muito bem porque pagaram sempre a dia certo e é com ele que consigo pagar as contas e colocar comida na mesa. Não posso arriscar agora, com dependentes a cargo. Não. Só se fizer algo paralelo... hummm. Assunto arrumado. Depois, temos as amizades, ou pseudo amizades. Lá há um ou outro verdadeiramente amigo que se vão mantendo embora com muitas diferenças de pensamentos. Mas há outros que têm de ser banidos do meu coração. Aliás, já foram. O mundo está sempre a girar, e até as árvores deixam cair as folhas e se renovam depois. Há (ou havia pessoas) na minha vida que aos poucos deixam de encaixar no puzzle. Seja por elas, seja por mim, sejam os interesses, sejam as energias, simplesmente acontece o afastamento. Sem ressentimentos. A vida tem destas coisas e só temos de aceitar. Irrita-me é quando alguém força e se impõe e não percebe a falta de atração, de interesses, de ideias. Não falo de atração física - essa nem eu consigo explicar ! Acontece, faz faísca e o fogo é inevitável. Sinto que estou à beira de qualquer mudança de facto. Já não tenho paciência para relações parvas. Quando não suporto, não finjo. Temos pena. Afinal quem quer o melhor para mim se não eu mesma ? Acho que já passou tempo demais para andar a mandado dos outros. Afinal, tudo aquilo que decido assumo as consequências. Preciso de um tempo. Um tempo de descanso, de reflexão, um tempo de solidão para ouvir o que a minha alma tem para dizer. Gosto muito da minha companhia, Sempre gostei. Como se fosse duas em que uma ouve a outra, tudo em silêncio. Amanhã é o primeiro dia do resto da minha vida, e vou ocupar parte dele a cuidar das flores dos vasos. Vai ser o meu tempo com alguém que me foi muito especial. Saudades. Há amores que crescem em nós de uma forma tão grande que nos sentimos sempre pequeninos, não é ? Sejam felizes ! Amem muito !


segunda-feira, 8 de maio de 2017

Amor.
Quando o ouvi a falar apaixonei-me.
Senti uma afinidade tal com as suas palavras, os seus gestos, o olhar, que me emocionei.
A doçura que emanava fez com que me arrepiasse.
Os olhos encheram-se de lágrimas ao ver os seus transparentes, numa veracidade de sentimentos como há muito não vira.
Identifiquei-me completamente com aquela necessidade constante de estar permanentemente apaixonado. Não necessariamente por alguém, mas por algo, como um projeto que se desenvolve e cresce e toma conta de nós.
E o amor... oh o amor ! Amar loucos porque são diferentes, porque fogem à regra, porque isso torna-os especiais. Como te entendo !
Fazer o que se gosta, viver o momento... Ai Salvador, menos 20 anos que eu e com uma vida tão frágil... Que todas as forças do Universo te levem as melhores energias para poderes enfrentar o futuro ! e que ao conseguires o esperado transplante recebas um coração puro e cheio de amor como o teu.
Ama pelos dois, Salvador ! Vive e ganha a vida !
Amar pelos dois

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Um Instante de AmorAcabei de ler um livro. Não foi muito intenso a nível de sentimentos como gosto. Habitualmente fico com pena de acabar o livro, pois sinto-me ligada às personagens de tal forma que me custa despedir-me delas. É assim que sou com os livros. E já andava a irritar-me com a leitura porque tenho uns quatro livros começados a ler e que abandonei algures... Já nem sei o que li. Por qualquer motivo não me prenderam, não me cativaram, não me envolvi nem me apaixonei. E decidi comprar um mais fininho para ver se a paixão voltava. Estava a ver que era outro para abandonar mas lá insisti. Hoje, quando a personagem principal da história foi encontrada morta na sua cama senti-me desiludida. Afinal eu esperava que mesmo velhinha ela voltasse a sentir "um instante de amor" tal como sentira no passado e a fizera tão feliz. E o livro acaba, e a história acaba naturalmente como tudo na vida porque nada é eterno. Mas no fim veio o consolo. Quando te disserem que estás louca, não aceites, não acredites. Escreve.



quinta-feira, 4 de maio de 2017

Como eu, há tanta mulher por aí a sentir-se só nos seus pensamentos. Não se confunda com solidão, esse estado que se assemelha a um poço em que alguém cai e custa a sair de lá. Não. Não me sinto fisicamente só. Gosto muito da minha companhia. Gosto de diariamente me isolar um pouco para que em silêncio possa ouvir melhor os meus pensamentos e poder optar sem pressões pelo caminho a seguir. Às vezes não é no silêncio mas sim com a música bem alta de maneira que se erga uma barreira contra todos os sons externos a esse ambiente em que procuro a organização de ideias. Noutras alturas (e cada vez mais) é junto da Natureza, em caminhadas exaustivas individuais para cansar o corpo de maneira a que a energia abandone a matéria e se concentre na essência - o que não é palpável e de facto me define: o espírito, o pensamento, os sentimentos, valores, etc. E ouço o melro a cantar, o vento nas folhas das árvores que me saúdam à minha passagem, a água que corre escondida nas ervas, os corvos imponentes pousando na terra, a lagartixa fugidia, a flor que me sorri... (hoje achei um ovinho pequenino do tamanho de uma unha, guardei-o para mostrar à pequenota). E integro-me aí fugindo do mundo dos Homens onde se discute tudo por todas as razões, ninguém parece estar de acordo em nada, sobre coisa nenhuma. E recordo a avó, amante das flores, dos passarinhos, da vida... que saudades de poder deitar a cabeça no seu colo sem nada dizer... A avó conhecia-me tão bem. E há mais uma ou duas pessoas a esse nível de compreensão comigo. É triste quando queremos expandir a nossa ideia e vimos que não está a ser recebida da mesma forma como a sentimos. E não adianta "gastar latim" porque a pessoa está sintonizada noutra frequência pela qual já passaste mas que felizmente ultrapassaste. E não sai dali. E não aceita. E responde fora do contexto quando se espera que nos tenha ouvido e compreendido porque até é uma pessoa amiga conhecida há tanto tempo ! E cai tudo. A pessoa não percebe nada !! A conversa acaba abruptamente porque não vale a pena continuar e penso: "é isto a maturidade ? Devo calar-me, fazer-me desentendida para não ferir o outro(a) e sair airosamente da conversa ?" Tirem-me deste filme se faz favor ! Ainda passo por mal educada e estou a borrifar-me para isso porque já estou naquela idade que não devo explicações a ninguém, apenas devo respeito a quem me ama, quero é viver em paz comigo e com os que amo. As pessoas estão a perder-se no mundo material, de aparências e ostentações e isso cansa-me. Mas há mais, muito mais... fica para outro dia. :)

Tive um fim de semana maravilhoso ! Livre, com quem mais amo !