quarta-feira, 30 de abril de 2014

Já há bastante tempo que verifico um facto que, ao mesmo tempo que me elucida muitas situações do quotidiano, também acaba por me desapontar um pouco. Há dias em que aceito bem. Há outros em que me apetece dar um pontapé em qualquer lado, como se toda a revolta me pudesse sair pela ponta do dedo mais esticado do pé! Passo a explicar. Descobri que coloco as expectativas relativamente às pessoas, muito elevadas. É que é frequente o sorriso abandonar-me o rosto quando aguardo esta ou aquela reação de certas pessoas (e por vezes nem recebo nenhuma). O problema é que avalio os outros por aquilo que eu penso, que eu sou. Não quero com isto dizer que estou numa melhor posição que o “outro”, nada disso ! Mas talvez seja mais limitada do que devia ser, pois se espero que os outros pensem e/ou reajam como eu… sou eu que não estou correta. E vocês dizem: tens que ser mais tolerante, manter a mente aberta, aceitar os outros como são. #$&%”%&$#$&”/& é o que me apetece dizer às vezes ! Por muito menos do que reflexões destas é que as pessoas se aproximam umas das outras e se associam, formam grupos, namoram, casam, estabelecem laços, amizade… porque têm algo em comum, obviamente. Mas estou a desviar-me do assunto. Estabeleço expectativas altas, dizia eu. E metas a atingir. E coloco obstáculos no caminho. Há umas que precisam de ajuda para os saltar, ou contornar. Há outras que já lhes foi ensinado como o fazer e continuam a perguntar como os ultrapassam. As barreiras a transpor não são mais altas que a minha perna. E por vezes, cansada, esgotadas as forças, derrubo os obstáculos com um único dedo. E sigo o meu caminho. Sempre.

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