Ainda há pouco tempo estive entretida a coser à máquina. Sim, na Oliva da minha avó. Tem um valor sentimental extremo para mim, como se a minha avó estivesse presente no momento em que toco nos seus pertences.... E como sempre quase não alinhavei o trabalho. Não segui o fio condutor que seguem todos os que cosem. Tal como na vida. Não faço grandes planos. Sigo em frente buscando o que pretendo. Se correr mal, paciência - logo sofro as consequências. De realçar que ao coser sem seguir o alinhavo acabo por empenhar-me mais, dedicando-me inteiramente para atingir a perfeição, do que se seguisse o fio condutor. Tal qual como na vida, não tenho quem me desbrava caminho, vou sem medo, com fé e otimismo, acreditando. E isso faz com que me surpreenda a mim mesma e seja feliz com pequenos troféus que vou conseguindo ao longo deste percurso. Tal qual como na costura, compro o tecido e moldo-o consoante a necessidade ou inspiração. Na vida, jogo com os pontos que saem quando lanço os dados e os sopro com esperança.
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