terça-feira, 19 de julho de 2016

Pokémons...

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Que é da Humanidade ? Onde está a chamada inteligência, a razão, o poder do bicho homem, o que o distingue dos outros animais ? Como é possível entregarem-se a jogos deste tipo em que não tiram os olhos do ecrã do telemóvel que os leva por essas ruas e estradas, à procura de algo virtual ? Ligam os dados móveis excedendo custos, são conduzidos por GPS, são localizáveis portanto via NET e lá vão caçar Pokémons como se não existisse realidade suficiente para entreterem essas cabecinhas de neurónios alterados. É que nem reparam no que interessa verdadeiramente, como algum mendigo no chão ou um carro que circula na sua direção, ou um piso menos bom, ou a mulher que está a dar à luz na cama ao lado ! (esta foi o momento alto da minha pesquisa) Onde estão as prioridades das pessoas ?... e não me venham com histórias que "pelo menos este jogo electrónico não cria sedentários"!... Não ! Cria egoístas que empatam o trânsito para caçar um Pokémon no meio de uma rotunda não se preocupando com o que transtorna os outros à sua volta ! Cria humanos telecomandados que se esquecem que têm poder de escolha ! Como diz uma amiga minha, estupidifica perigosamente este mundo onde não se dá o verdadeiro valor à vida !
As palavras abaixo pertencem a Lourenço Medeiros, estão no Jornal Expresso e concordo interiramente com elas:





segunda-feira, 18 de julho de 2016

Calor. Muito calor. Férias sem descanso absoluto como tanto desejaria. Afazeres, burocracias a resolver, prazos para cumprir... A temperatura da água estava no ponto e o tempero salgadinho como convinha. Tanta gente na praia e à noite na rua. Não conhecia ninguém e no entanto pareceu-me conhecer todos. Aquele ambiente familiar de famílias mais ou menos numerosas, todos com problemas idênticos. E senti-me ao mesmo tempo, como se estivesse numa qualquer outra praia em qualquer parte do mundo, pela variedade de línguas que os meus ouvidos detetavam. No fundo, eram quase todos portugueses, mas a língua mãe é falada no país para onde emigraram e por cá perdem-se a falar a língua que foram obrigados a desenvolver para vingar profissionalmente em busca de uma vida melhor. Mas os hábitos são os nossos. E à noite deixam-se levar pelo som de um acordeão de toca o "Corridinho" no largo da fonte. E vêm com algum esforço financeiro passar este tempo santo na praia com toda a família para matar saudades do clima, do mar que é nosso, do sol, das sardinhas e envergando o calção de banho de lycra lá mergulham na onda que rebenta e os enrola até baterem com as costas ou a barriga na areia e sairem de lá todos vermelhos mas sorridentes (porque dominaram a situação !) enquanto as esposas os vigiam orgulhosas. Admiro muito estas gentes que se mobilizam, que se arriscam, que se aventuram a partir para fazer vida noutro país sempre a pensar que "um dia" voltam. Será mesmo ? Para onde? Para quem ?
O país devia preparar-se para reintegrar todas estas pessoas tão capazes, tão lutadoras pelos seus sonhos, não sou ninguém de voz ativa mas prevejo que muitos dos nossos emigrantes vão voltar brevemente a Portugal. E devíamos recebê-los da melhor forma e criar condições para que não saiam mais.

quarta-feira, 6 de julho de 2016