Estou de chuva, como o tempo. Esta nebulosidade que paira na rua entrou no meu perímetro e faz-me sentir estar literalmente com a cabeça nas nuvens. Mas os pensamentos estão colados pela humidade propria do inverno e as gotas de chuva não caiem tal como as ideias que não fluem... está tudo suspenso, como que esperando que se dê um passo com convicção, que se tome uma decisão que se teima em adiar. O tempo é o que fazemos dele. Ou será que somos o que o tempo faz de nós ?
sexta-feira, 30 de janeiro de 2015
Estou de chuva, como o tempo. Esta nebulosidade que paira na rua entrou no meu perímetro e faz-me sentir estar literalmente com a cabeça nas nuvens. Mas os pensamentos estão colados pela humidade propria do inverno e as gotas de chuva não caiem tal como as ideias que não fluem... está tudo suspenso, como que esperando que se dê um passo com convicção, que se tome uma decisão que se teima em adiar. O tempo é o que fazemos dele. Ou será que somos o que o tempo faz de nós ?
quinta-feira, 29 de janeiro de 2015
Pois não. Também acredito nisso. E o que ainda me perturba mais é o facto de haver almas que façam o que fizerem, aconteça o que acontecer nós temos necessidade de estar em permanente sintonia com essa alma. Mesmo que não estejamos na sua presença ou que nem comuniquemos com ela, temos de a saber em paz para estarmos em paz. Haverá relação com vidas passadas ?! é que se torna inexplicável... Há aquelas pessoas que conhecemos e não voltamos a ver, e nem nos custa. Acrescentaram-nos algo e nós a elas. Houve troca mas a coisa ficou por aí e seguimos a nossa vida. Mas há outras a quem não conseguimos virar as costas. Há como que uma ligação eterna, estranha, boa, impossível. E é assim que nos tornamos responsáveis pelo que conquistamos, pelo que cativamos todos os dias um pouco. E vice-versa.
quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
Tenho saudades
Saudades de ti
Do que não foste
Do que não tivemos
Procuro e não te encontro
Imaginei-te
Criei-te
Não te vejo, não te sinto
Se não existes porque te amarei ?
Porque existo eu ? Porque te sonho e desejo ?
Meu anjo…
Promete que me encontras num dia que esteja distraída e me
acordas com um beijo…
quinta-feira, 15 de janeiro de 2015
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Perguntou-me se achava que “o
medo é um bom professor”. Impus uma pausa no que estava a fazer. Pensei por
breves segundos. Recordei os meus medos de criança rapidamente. O medo do escuro
e do monstro debaixo da cama. O medo de me perder dos meus pais ou que alguém me
fizesse mal. O medo da morte. Pensei nos medos de adulta, quase os mesmos mas com perspetivas diferentes. O medo de perder o emprego equivale ao do escuro,
ficaria à toa por uns tempos até dar com alguma “parede”. Os monstros existem
embora disfarçados e não estão debaixo da cama, aparecem nas esquinas da vida
quando menos esperamos. Continuo com medo de perder os meus pais e quem de mim
depende. Da morte… ela é inevitável, não há que ter medo. Mas não foi o medo que
me ensinou alguma coisa. O medo é uma sombra que se instala no pensamento e que
começa por criar ansiedade, evoluindo para o medo que poderá transformar-se em
pavor ou fobia. O medo não é inato, é adquirido. E leva inevitavelmente ao
fracasso. Mas o fracasso deve ser aceite como experiência que integra a
evolução de um qualquer processo. O medo tem de ser abandonado para permitir o
fracasso acontecer sem receios. Está em nós o poder de evitar o medo, realizando
os desejos do nosso coração, contrariando o que nos causa essa ansiedade. O
medo normal pode ser bom para evitar situações de risco extremas, mas o medo
anormal é mau e destrutivo tanto física como emocionalmente. O medo é incapacitante, retira-nos esperança,
tolda-nos a criatividade, paralisa-nos a curiosidade. O medo faz parte
de um tipo de mecanismo de aprendizagem, mas também evolutivo de sobrevivência
da espécie, e do indivíduo particularmente. Ao enfrentarmos o medo, ficamos
mais fortalecidos e corajosos. Se
o medo é um bom professor ? “Não”, respondi sem lhe dar quaisquer explicações. “Eu
também acho que não, mãe” – e lá foi ela, leve e fresca, sem medos, afinal só
queria confirmar a sua convicção.
domingo, 11 de janeiro de 2015
Há por aí muito boa gente que se diz moderno e tal e que acabam por negar as suas próprias origens, coisa inadmissível ! É nas origens, no nosso passado, que está a nossa verdadeira essência, o começo do nosso ser, a base do adulto que somos hoje. E o caminho percorrido até à data, da mesma forma não deve ser desvalorizado. O total é a soma das partes - é e sempre será ! Por isso, quando ouço alguém dizer "já passou, não interessa" ou "faz parte do passado é para esquecer" fico a pensar que essa pessoa vive a vida superficialmente e mente a si própria. O passado não só justifica o presente como prepara o futuro ! O meu passado terá sempre consequências no futuro assim como o de todas as pessoas. Por isso mesmo, vamos compreender o passado para não repetir erros no futuro. Não façamos aos outros o que não gostaríamos que nos fizessem. Não neguemos um passado que poderá instalar a dúvida num caminho potencialmente feliz. É bom adormecer tranquilo, sem fantasmas a atormentar pensamentos. Não sabemos o dia de amanhã, e isso é uma benção ! Sejam felizes !
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